17 julho 2007

News Release 622 : MELHORAMENTOS NA LINHA DO NORTE




Porto [Portugal], 17.07.2007, Semana 29, Terça-Feira, 11:18 - Após alguns anos sem intervenção de fundo, a REFER, já tem luz verde por parte do Estado Português, no sentido de proceder à modernização de alguns troços da Linha do Norte, a exemplo do que já aconteceu com outros, em anos anteriores, que modernizados, permitem uma exploração mais eficiente, nomeadamente a nível de velocidades praticadas, como é por exemplo o caso entre a Pampilhosa e Aveiro, entre outros.

Recordamos aos nossos amigos leitores, que já foram gastos mais de € 1000 milhões, nessas intervenções que começaram em finais de 1994 e vai-se gastar nos próximos 4/5 anos, cerca de mais € 450 milhões a preços de hoje, tendo-se previsto finalizar em 2012, toda a modernização da Linha do Norte, que como todos sabem, é a principal linha ferroviária do país, que encaminha e recebe tráfego, além do exclusivo entre Lisboa e Porto, o Minho e Douro além Porto, a Beira Alta, o Oeste, a Beira Baixa e o Ramal de Tomar, a Linha de Vendas Novas para o tráfego de mercadorias para/de o Sul do país, assim como Lisboa, também para o Sul, mas com mais vocação para o tráfego de passageiros.

Aquilo que está previsto concluir e que os media reflectem na informação que já deram nos últimos dias, são os troços que tiveram uma RIV (Renovação Integral da Via), na década de 70 do século passado e que são, essencialmente 3 troços a saber:

1.1 Lisboa a Entroncamento

Intervenção entre o Vale de Santarém e o Entroncamento, com a construção de uma nova variante, com alguns quilómetros, que salvando Santarém, evita o troço actual, que tem problemas estruturais.

1.2 Entroncamento a Pampilhosa

Intervenção no troço que falta renovar e que com tráfego importante, precisa realmente de intervenção e que é de Alfarelos à Pampilhosa, via Coimbra-B, como se sabe.

1.3 Pampilhosa ao Porto

Por fim, este deverá ser o último a ter intervenção e com ele, terminar esta carga de trabalhos, começada quase 20 anos antes e que é, de Ovar até Vila Nova de Gaia, estando como todos sabem, a nível pontual, já a ser motivo de grande obra, a nova estação de Espinho, esperando-se para breve, a conclusão destes trabalhos.



A terminar, de referir, que segundo se especula, estes novos investimentos, não tem como objectivo dar mais velocidade ao tráfego, de modo próprio, embora isso aconteça, mas sim evitar o colapso do tráfego, nesta mesma Linha do Norte. Aqui, neste ponto, desejamos dizer, que não conseguimos compreender, que como os próprios media já afirmaram, a CP, tenha já recusado fazer alguns comboios cargo, por falta de canal horário, como isso é possível, pois sabemos o tráfego que existe, e que existiu nos últimos anos nos dois modos (pax e cargo), mas atenção, mesmo com as limitações nocturnas (que não concordamos, com a rigidez e limitação imposta), aplicadas pelos Directórios da REFER, a Linha do Norte, em qualquer troço, ainda está longe da saturação, porque, não é líquido que cá se diga isso, e noutras linhas lá fora, similares à Linha do Norte, perceber essencialmente via dupla e electrificada, que asseguram um tráfego, deveras mais intenso em números de circulações, seja pax ou cargo, como muitas na RFF francesa, algumas da ADIF espanhola, ou por fim e como por exemplo também, a tão característica e dada sempre como exemplo na Europa, a linha do Saint-Gothard, que atravessando a Suiça de norte a sul pelos Alpes, não deixa um único comboio por fazer, e não falando dos comboios pax, todos sabem que tem um tráfego cargo, impressionante, feito pelos SBB e com a liberalização, mais tráfego adicional com os HUPAC, os FS, a DB, etc., etc..

Luís Moreira

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