11 fevereiro 2010

News Release 1531 : Carta do Cliente do ML


Faro [Portugal], 10.02.2010, Semana 07, Quinta-feira, 22:25

O ML Metro de Lisboa, acaba de definir e tornar pública a sua Carta do Cliente, em que assume um compromisso perante os seus clientes, expressando os direitos e deveres destes últimos. A referida Carta do Cliente pode ser consultada aqui.


Luís Moreira


News Release 1530 : Rave e Adif estudam viabilidade da AV Faro-Huelva


Faro [Portugal], 11.02.2010, Semana 07, Quinta-feira, 15:43

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia da Transportes & Negócios, publicada ontem na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

Portugal e Espanha acabam de lançar o concurso para a elaboração do estudo de mercado e de viabilidade da ligação de Alta Velocidade Huelva-Faro.

O agrupamento Alta Velocidade Espanha-Portugal (AVEP), integrado pela Rave e pela Adif, lançaram esta semana o concurso para a elaboração de estudos de viabilidade técnica e financeira de uma futura linha ferroviária de Alta Velocidade no corredor Faro-Huelva.

O estudo, que tem um prazo de conclusão de dois anos, incluirá também "a análise técnica e ambiental das conexões internacionais entre os corredores internos de Portugal e Espanha", da "rendibilidade do investimento e dos respectivos horizontes de concretização", bem como a "selecção final dos corredores que sejam viáveis dos pontos de vista funcional, económico, territorial e ambiental", adiantou “à “Lusa” uma fonte da Rave.

Com a elaboração deste estudo, "o processo ficará preparado para uma tomada de decisão de dar início aos estudos prévios e de impacte ambiental, quando os governos de Portugal e Espanha decidam prosseguir com os estudos desta conexão ferroviária entre os dois países", acrescentou a mesma fonte.

O custo estimado deste estudo é de 950 mil euros (Iva excluído).

Actualmente está em curso o estudo de mercado relativo às ligações ferroviárias ao Algarve, "que fornecerá projecções de procura para diferentes horizontes temporais, avaliando os impactos da melhoria dos tempos de percurso nos serviços da rede ferroviária convencional com a Terceira Travessia do Tejo, bem como o potencial de mercado de uma conexão de Alta Velocidade ao Algarve".

Do lado espanhol, estão em curso os trabalhos de elaboração dos projectos de execução da linha de Alta Velocidade Sevilha-Huelva e o concurso para a construção da nova estação de Huelva, lançado em Dezembro do ano passado.

As ligações de Alta Velocidade Faro-Huelva e Aveiro-Salamanca foram também acordadas na cimeira luso-espanhola da Figueira da Foz, que decorreu em Novembro de 2003, mas não fazem parte dos projectos de prioritários (Lisboa-Porto, Lisboa-Madrid e Porto-Vigo), pelo que não têm um calendário definido para avançar.



Paulo Almeida


News Release 1529 : Alta Velocidade obriga a reposicionamento do produto turístico


Faro [Portugal], 11.02.2010, Semana 07, Quinta-feira, 13:28

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia da Ambitur Online, publicada ontem na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

Segundo o estudo promovido pela RAVE - Rede ferroviária de alta velocidade, “A Alta Velocidade e o Turismo”, o sector turístico português sofrerá alterações inevitáveis. A ambitur.pt procurou junto de vários representantes de entidades turísticas saber como perspectivam o futuro do turismo nacional com a chegada do TGV.

As principais modificações, que a Alta Velocidade traz para o turismo, recaem sobretudo sobre a oferta e procura turística. Segundo o estudo da RAVE, sobre “A Alta Velocidade e o Turismo”, o novo turista procurará, particularmente, viagens e estadias de curta duração, o que provocará uma adequação dos produtos turísticos actuais.

Vítor Costa, director-geral da Associação de Turismo de Lisboa, concorda que a AV vai provocar “impactos tremendos nos destinos turísticos, na organização dos produtos e, até, na viabilização de equipamentos”. Por sua vez, para a Confederação do Turismo Português, que acompanhou este estudo em representação dos empresários do turismo nacionais, “a AV representa uma oportunidade para aproximar Lisboa ao Centro da Europa, aumentando a frequência de serviços de transporte actualmente existentes entre Portugal e Espanha, introduzindo um novo padrão de mobilidade na Península Ibérica”. Para José Carlos Pinto Coelho, presidente da confederação, à Ambitur, a introdução da AV em Portugal vai permitir fomentar o “aumento das receitas turísticas e o desenvolvimento das actividades económicas ligadas ao sector”, assim como a criação de riqueza nas regiões abrangidas pela rede de AV. Com esta implementação, Vítor Costa espera “um grande alargamento de mercado potencial para Lisboa”. O presidente da ATL adianta mesmo que “com a ligação Lisboa-Madrid esperamos duplicar o número de hóspedes espanhóis na nossa hotelaria, mas também poderemos atrair outros mercados actualmente inacessíveis”.



A criação de pacotes turísticos com a Alta Velocidade para o segmento ‘corporate’ será uma das estratégias a adoptar, pois, no caso prático de França e Espanha, este produto terá sofrido um crescimento significativo. Segundo o estudo, estes países optaram por adoptar medidas concretas que tivessem em consideração a AV, como promovê-la nos principais mercados emissores e em mercados longínquos e implementar campanhas de comunicação direccionadas para o turismo de negócios e ‘city breaks’, os principais segmentos a verificarem uma evolução no respectivo crescimento. Promover a AV como um modo de transporte de lazer em campanhas turísticas regionais é outra das soluções apresentadas pelo estudo, cuja conclusão é partilhada pelo presidente da APAVT – Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo, que alerta para “a necessidade de desenvolver com o Turismo de Portugal e com as ERT’s directamente interessadas uma estratégia e um plano de marketing adequado a esta nova forma de chegar a Portugal”.

Consequências negativas

O estudo não descura porém os possíveis impactos negativos no sector turístico provocados pela introdução da AV. Desde a incapacidade de aproveitamento da rede de AV pelos agentes públicos e privados, como a polarização do turismo nos grandes centros urbanos ou até mesmo a superioridade do efeito ‘outbound’ relativamente ao ‘inbound’ e a pressão para a redução do gasto médio nas estadias. Para a APAVT, “os agentes do sector irão certamente aproveitar as oportunidades”. No entanto, João Passos, presidente da APAVT, afirma que “estão longe de esgotados os estudos necessários a uma correcta aferição do impacto da introdução da AV nas ligações projectadas”.

Vítor Costa também não esquece as consequências negativas da AV no sector, ao evidenciar que “as dormidas de nacionais em Lisboa tenderão a diminuir e algumas das actuais dormidas de espanhóis poderão não se verificar porque as pessoas poderão vir a Lisboa e regressar mais facilmente no mesmo dia”. Com isto, o director-geral da ATL salienta também que a ligação aérea entre Lisboa e Porto será “residual”, enquanto que a Lisboa-Madrid sofrerá “uma forte diminuição”. No entanto, João Passos insiste na necessidade da “manutenção destas rotas, sobretudo Lisboa-Madrid, pelo que é admissível que se venha a verificar um aumento de agressividade comercial por parte das transportadoras na sua oferta de lugares disponíveis”. Quanto às ligações ferroviárias existentes, Francisco Cardoso dos Reis, presidente da CP – Caminhos de Ferro de Portugal, acredita que serão “dois serviços complementares”. “Estas duas redes têm que se interpenetrar em serviços eventualmente com comboios que podem andar nas duas [redes convencional e de Alta Velocidade] e que permitirão que as pessoas que não estejam no sítio onde a AV passa, a possam utilizar. Isto vai potenciar a procura de transporte em vez de se canibalizar. Uma não vai roubar a outra”, clarifica.

Segmentação e adaptação de produtos

Para os indicadores negativos, a RAVE sugere no estudo que os ‘players’ turísticos nacionais se adeqúem aos novos segmentos de mercado e ao novo perfil também do mercado espanhol (principal mercado emissor através deste meio de transporte), mas ainda que se potencie a ligação entre a AV e os aeroportos, assim como aos restantes meios de transporte e que seja feita uma adaptação às políticas de ‘pricing’. Neste sentido, o presidente da CTP refere que “torna-se imprescindível melhorar as ligações de Lisboa e demais destinos de Portugal de forma a torná-los mais atractivos do que os de Espanha”. Realizar um planeamento integral das cidades, criar condições para colocar Lisboa no ‘top 5’ de cidades mundiais do Turismo de Negócios “podendo servir como suporte para o desenvolvimento e criação de riqueza de forma sustentada e integrada da nossa economia”, são considerados factores “cruciais” pelo representante dos empresários portugueses do turismo.



António Mendonça, ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicação, no âmbito da apresentação do estudo da RAVE, vai mais longe e afirma que é necessário “começarmos a preparar um plano de marketing de promoção do país e das nossas actividades turísticas para estar associado ao dia em que a AV chegar de Madrid”. A opinião é partilhada pelo director-geral da ATL que frisa que “a revisão do PENT tem que incorporar este factor”. “Em termos regionais as várias entidades responsáveis também devem adaptar o seu planeamento estratégico e de marketing. No que nos diz respeito, estamos em processo de lançamento do nosso novo Plano Estratégico para o período de 2011-2014, que irá contemplar os impactos e oportunidades do TGV”, acrescenta. Estas adaptações devem ser também tidas em conta pelos “investimentos públicos em equipamentos ou privados que estão em preparação ou em planeamento”, sustenta Vítor Costa.

Novos segmentos, ou adaptação de segmentos e produtos turísticos existentes, serão uma realidade com a Alta Velocidade. O estudo conclui que em Portugal, tal como em Espanha e França, os principais segmentos que beneficiarão com a AV serão os ‘city and short breaks’ e o turismo de negócios. Mas também o ‘touring’, segundo Vítor Costa. “Actualmente vemos o ‘touring’ no âmbito geográfico da nossa área promocional ou do nosso país. Com o TGV a escala passará a ser outra e fará todo o sentido pensar no produto ‘touring’ numa escala peninsular”, justifica. Para o responsável da ATL “os operadores tenderão a adaptar os seus pacotes tendo em conta esta realidade e os turistas individuais também o farão na programação das suas viagens”.


Créditos: Pelas fotos, agradecimento à Ambitur Online.


Paulo Almeida


News Release 1528 : DB exerce opção com a Bombardier


Faro [Portugal], 10.02.2010, Semana 07, Quinta-feira, 13:08

A Bombardier Transportation, afirmou ontem que vai fornecer um adicional de 18 carruagens de 2 pisos à alemã DB Deutsche Bahn. Trata-se de uma opção por parte da operadora alemã, firmada num contrato de 2003. Estas 18 unidades vão custar à DB Deustche Bahn, um total de USD 33 milhões.


Luís Moreira


News Release 1527 : Ligação a Sines com sistema de migração para bitola europeia


Faro [Portugal], 11.02.2010, Semana 07, Quinta-feira, 13:00

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Setúbal na Rede, publicada hoje na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

O troço ferroviário de ligação ao porto de Sines irá ser construído em bitola ibérica com travessa polivalente, ficando assim “imediatamente preparado para a migração para bitola europeia sem grandes investimentos”. Apesar de ser um projecto da Refer (Rede Ferroviária Nacional), fonte da Rave (Rede Ferroviária de Alta Velocidade) explica essa opção pelo facto de “ser a bitola que existe em Espanha”.

A mesma fonte da Rave explica que, neste caso, “não há a mesma urgência” que nas novas ferrovias construídas para a alta velocidade para o transporte de passageiros, que “a União Europeia exige” que sejam em bitola europeia. Assim, a solução no transporte de mercadorias passa pelo transbordo, na fronteira entre Espanha e França, um processo “facílimo e sem grandes impactos de custo”. A migração da bitola ibérica para bitola europeia será feita num plano conjunto entre Portugal e Espanha “em função das necessidades e de cada momento”.

Joaquim Polido, vice-presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento de Sistemas Integrados de Transportes (ADFER-SIT), concorda que “não se muda de um dia para o outro” de bitola, por isso reconhece que esse é um “problema a longo prazo”. Assim, manifesta satisfação com esta decisão, uma vez que “qualquer solução que não tende para a bitola europeia significa que não se está a trabalhar em termos de futuro, mas de passado”. Quanto às novas ferrovias para a alta velocidade, serão construídas em bitola europeia.



Paulo Almeida