19 outubro 2009

News Release 1097 : Liga Vitalis deixa de ser referenciada


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 23:09 - Informamos os nossos amigos leitores, que será editada amanhã, a News Release referente aos percursos ferroviários que a LUISFER recomenda, para os adeptos dos clubes da Liga Sagres que fora, vão ver os seus clubes jogar no próximo fim-de-semana (8ª jornada) e que, claro, querem optar pelo comboio e metro como meio de transporte preferencial.

No entanto, o motivo principal desta News Release é anunciar, que só editaremos a informação que habitualmente estavamos a fazer desde o início da época, seja para a Liga Sagres como para a Liga Vitalis. Pois bem, a novidade é que, a partir de hoje, já não editaremos mais sobre os jogos da Liga Vitalis, pelo que nos cingiremos apenas em cada semana, aos jogos da liga principal, ou seja, a Liga Sagres e até ao fim do respectivo campeonato.

Luís Moreira


News Release 1096 : Quem é quem!


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 19:52 - Na expectativa de sabermos quem vai ser o novo titular da pasta no MOPTC, editamos nesta News Release, a nossa Vademecun, com as principais entidades e personalidades que as dirigem. Salvo qualquer alteração, temos os seguintes nomes e entidades:

MOPTC (Governo)

Mário Lino
• Ana Paula Vitorino

IMTT (Autoridade)

António Crisóstomo Teixeira
• Jorge Silva
• Maria Isabel Vicente
• Ana Freitas
• José Antunes

REFER + RAVE (Infra)

Luís Pardal
• Alfredo Pereira
• Romeu Reis
• Alberto Ribeiro
• Carlos Fernandes

CP (Operador Ferroviário)

Francisco Cardoso dos Reis
• José Benoliel
• Paulo Magina
• Nuno Moreira
• Ricardo Bexiga

CP Carga (Operador Ferroviário)

José Soares
• Carlos Rodrigues
• Eduardo Frederico

FERTAGUS (Operador Ferroviário)

José Luís Catarino
• José Brandão
• Ana Dourado
• Luís Martins
• Paulo Cerqueira

TAKARGO RAIL (Operador Ferroviário)

• António Mota ?
Jorge Coelho ?
• Arnaldo Figueiredo ?

FMNF-AGM (Fundação)

Carlos Frazão
• Júlio Arroja
• Anabela Pires
• Francisco Abreu
• Jaime Ramos

EMEF (Metalúrgica Ferroviária, pertence ao Grupo CP)

Francisco Cardoso dos Reis
• Paulo Magina
• Carlos Frazão
• Rita Martins
• Carlos Nunes

METROPOLITANO DE LISBOA (Operador de Metro)

Joaquim Reis
• Luís Correia
• Jorge Jacob
• Miguel Roquette

METRO DO PORTO (Operador de Metro)

Ricardo Fonseca
• Maria Rato
• Jorge Delgado
• Fernanda Meneses
• Rui Rio
• Mário de Almeida
• Marco Costa

METRO TRANSPORTES SUL (Operador de Metro)

• ?

METRO DO MONDEGO (Operador de Metro)

Álvaro Seco
• Carlos Picado
• João Costa
• Abílio Abreu
• Nuno Costa
• Carlos Ferreira
• Manuel Gonçalves

CARRIS (Operador rodo-ferroviário urbano)

José Rodrigues
• Maria Rocha
• Fernando Silva
• Maria Isabel Antunes
• Joaquim Zeferino

STCP (Operador rodo-ferroviário urbano)

Fernanda Gomes
• Jorge Sousa
• Rui Saraiva
• António Sá
• Sandra Lameiras

ADFER (Associação)

Arménio Matias

APAC (Associação)

Nélson Oliveira
• Coelho Lemos

CEC (Clube Associativo)

José Pinheiro
• Jorge Trigo
• António Gonçalves
• Valdemar Tomás

AMF (Associação)

José Eduardo Silva

LUISFER (Entidade Privada/Particular)

Luís Moreira

Temos na nossa base de dados, igualmente as personalidades que a nível internacional, estão à frente da UIC, CER, infra e operadores ferroviários de todo o mundo, que de maneira constante, fazemos actualização.

Luís Moreira


News Release 1095 : Já não há comboios assim (Saudades de um momento)


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 18:44 - Nesta News Release, vamos lembrar e fazer recordar para quem gosta verdadeiramente de comboios, uma viagem que fizemos no final do Verão de 1976 em plena Linha da Beira Alta. Quem conhece, siga pelo pensamento e memória, quem não conhece siga pelo esquema que acompanha esta News Release.

Vamos passar a um discurso directo, sempre num tom amigável, como quem conversa com um amigo. Vamos então viajar e sonhar, porque já não há comboios assim.

Aqueles que mais conhecem a minha história, sabem que o meu amor e dedicação total aos comboios e à CP, deu-se entre a Covilhã e o Porto, via Linha da Beira Baixa, Linha da Beira Alta e Linha do Norte. Em qualquer ponto destas 3 linhas, vivi momentos que nunca mais esqueço, em especial na Pampilhosa, a minha estação preferida. O momento de que tantas saudades tenho, passou-se na Beira Alta, já no seu percurso final, entre Santa Comba Dão e a Pampilhosa (sentido descendente, claro está) que é um dos mais bonitos e recordar, que estamos em 1976, não há catenárias, só há tracção diesel pura e magnífica. Militam aqui as 1800 que anos depois passaram para a Região Sul, para dar lugar às míticas 1960 e as carruagens do meu comboio são uma mistura de 10-69, 21-40, 22-40 e algumas 21-69 e ainda um furgão D'Argent. A 1800 que nesse dia fez este trajecto era a 1804, estive à beira dela na estação da Guarda, quando ainda com apertadíssimas plataformas e linhas, se faziam as manobras para compor este comboio de 17 caixas + locomotiva. Eu (com 16 anos então) e a minha família, iamos na carruagem (ver esquema) amarela (era uma 22-40), portanto só tinha mais uma para trás do meu ângulo de visão.

Venho da Covilhã no comboio Directo 3111 que vindo de Lisboa-P pela Beira Baixa, terminava na Guarda, com uma 1550 à cabeça, mas nesta estação, as suas carruagens não ficavam aqui ou voltavam para trás novamente pela Beira Baixa, não, eram atreladas à cauda do Semidirecto 1212, que procedente de Vilar Formoso se destinava a Lisboa-P.

Chego à estação da Guarda e faz calor, aquele calor típico das Beiras e da Serra da Estrela e vou então ao antigo EP da estação (já não existe) e compro gelados Olá para todos e saio cá para fora e vejo as manobras na estação, para formar o meu comboio. Sai a 1550 e a 1800, aos poucos e poucos vai formando o comboio, indo buscar igualmente 3 ou 4 (já não me lembro bem) carruagens que estavam parqueadas numa linha de topo e junta tudo, não ficou uma carruagem na Guarda, só a 1550 e vagões isolados, e quando chega a hora, lá parte ele para fazer a Beira Alta com uma 1800 e 850 toneladas em carga (17x50t). Faço todo o percurso sempre à janela com visões que nunca mais esqueço porque simplesmente inesquecíveis.



Chegamos a Santa Comba Dão e o comboio que vinha com um atraso já de 15 ou 20 minutos, que vinha recuperando pelo caminho, conseguiu chegar à Pampilhosa com 2 ou 3 minutos de atraso, uma odisseia espectacular. E o melhor momento, é este, o dia já está quase findo (chegada à Pampilhosa às 19:40) e o sol está no seu ocaso, a 100 km/h, vejo a passagem pela ponte do Dão num ruído magnífico, entrada no túnel do Coval, depois paragem em Mortágua, novamente em velocidade os túneis de Monte de Lobos, Ribeira, Trezói, Azeval, Espinho e já bem lançado (só ia parar no Luso) vejo aquele dançar característico das carruagens quando circulam embaladas numa via que assenta em travessas de madeira e entro com aquele impacto que se sente sempre (vácuo, quando se entra em túnel com a janela da carruagem aberta) e perante o calor sufocante que vindo de dentro do túnel e que sinto na cara (a 1800 com máxima potência) e respectivo ruído tão característico (diferente de uma ponte), percorro o magnífico túnel do Grande Salgueiral, sai-se e novamente outro, muito mais pequeno, o do Pequeno Salgueiral, depois segue-se o túnel de Portinhas e depois vem a ponte das Várzeas, com o casario lá em baixo com poucas luzes e paramos no Luso, partimos porque a Pampilhosa já está a chegar, sem antes fazermos o túnel dos Carpinteiros e entramos no cenário nocturno da Pampilhosa, com o meu comboio a quase não caber dentro de agulhas.

Fazemos transbordo para o lado da Linha do Norte, junto com muitos passageiros que vão para o Norte também, e esperamos pelo nosso comboio que vindo de Coimbra, vai para Campanhã. É uma 2500 que reboca esse comboio e a carruagem em que viajo é uma Schindler 21-22, imaginem, ainda com bancos de pau.

Como nos dias seguintes recordei estes momentos, debaixo de uma grande constipação e os olhos inflamados por levar com o vento e o frio na cara, pois fiz entre a Covilhã e a Pampilhosa, a viagem sempre à janela. A minha saudosa mãe, disse-me, assim: não tenho pena é bem feito, é para aprenderes. Ainda bem que aprendi a não esquivar-me destes momentos de grande prazer e a não perdê-los, claro está, para quem ama de verdade, os comboios, como eu.

Qualquer dia, contamos outra história, para delícia de quem gosta deste tipo de momentos em ambiente ferroviário.

Luís Moreira


News Release 1094 : Pequeno acidente hoje na MTS


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 15:02 - Segundo informa o Diário de Notícias on-line, na manhã de hoje, houve um pequeno acidente entre uma composição da MTS e um veículo auto ligeiro, na Cova da Piedade, Almada, que provocou dois feridos ligeiros.

Por ser um pequeno acidente sem grande importância, não editamos junto com o presente texto, a habitual Safety Security Notice, acrescentando no entanto, que o acidente ocorreu por volta das 09:20 da manhã e os dois feridos ligeiros, do veículo auto, foram de imediato encaminhados para o Hospital Garcia de Orta, mas sem necessidade de grandes cuidados médicos. O acidente ocorreu numa zona de sinalização ambígua - em que uma parte tem semaforização e a outra não possui esse tipo de sinalização e daí o erro por parte do condutor do automóvel.

Luís Moreira


News Release 1093 : DSB


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 12:36 - Além das páginas web que a LUISFER realiza e que todos os nossos amigos leitores já conhecem, existem também outras páginas (ferroviárias), sejam elas dos organismos, das redes e da infra, como das associações e dos amigos dos comboios. Nesse sentido, estamos a apontar e a referir regularmente neste nosso blogue oficial, um outro site, que ligado à área ferroviária, gostariamos de dar a conhecer, se for o caso, aos nossos amigos leitores e assim, poderem aceder a essa página web.

Sendo assim, damos hoje destaque ao Site da Danske Statsbaner, que é a operadora ferroviária da Dinamarca, congénere da nossa CP e que se denomina "DSB".



Página: DSB
Endereço URL: http://www.dsb.dk
Situação: Activa
Língua: Dinamarquês e inglês
Autor: Equipa DSB
Classificação LUISFER
Page Screen: 6 em 10
Page Total: 6 em 10

Nota: Esta página não linka para o Blogue LUISFER. Ao contrário, o Blogue LUISFER linka para esta página.

Luís Moreira


News Release 1092 : CP versus REFER


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 12:09 - Na nossa News Release anterior, assim como na News Release 1075, editamos duas notícias que editadas no Público e Diário do Sul, argumentam sobre desentendimentos entre a CP e a REFER, no que toca à futura total supressão do tráfego em parte da Linha do Alentejo e da Linha de Évora, para estarem sujeitas a novas beneficiações.

Também na News Release anterior, são conhecidas através da notícia editada, posições da APAC (por parte do seu presidente, o nosso amigo Nélson Oliveira), assim como do terrível Engº Arménio Matias (presidente da ADFER), que também conhecemos e que tanta polémica tem causado com a sua posição sobre a Terceira Travessia sobre o Tejo.



Sobre esta matéria, gostariamos de dizer o seguinte:

- Todos os nossos amigos leitores, especialmente aqueles que há mais anos acompanham a nossa actividade, sabem que temos um carinho e amor especial pela CP e também pela REFER, porque agora sendo duas empresas distintas, antes eram só uma e com a CP de antigamente, tivemos e temos uma cumplicidade de amizade de mais de 30 anos.

- No entanto, não era expectável que acontecesse e já aconteceu também no passado, desentendimentos entre estes dois operadores, pois como nos lembramos dos conflitos por causa do pagamento que a CP tem que fazer à REFER pelo uso da infra, assim como outras situações de conflito.

- Em relação à Linha do Alentejo e Évora, a REFER pode dizer que "é presa por ter cão e presa por não ter", mas esta situação, seria desnecessária acontecer, se houvesse um planeamento pensado como deve ser, visto num todo da rede ferroviária, e não em zonas ou linhas e trajectos específicos. Realmente, não foi há 10 ou 15 anos que se renovou a via na Linha de Évora entre Casa Branca e Évora, foi há quase 3 anos, portanto, deveria ter-se preparado os instrumentos financeiros e de projecto, para se fazer nessa altura (electrificação e não só), o que agora se anuncia que se vai fazer. Aliás, segundo nossa opinião, (cf Directório), existem opções nos investimentos da REFER, que para nós, deviam ser noutros trajectos e noutras linhas, embora, em alguns deles concordemos com o que a REFER está fazer. Sabemos, que são visões diferentes e legítimas, seja por parte da REFER, como por parte da LUISFER. Aliás, aqui o Engº Arménio Matias tem razão, no passado, sempre se fizeram todas as obras, mas nunca se suspendeu (e se suspendia, por algumas horas nocturnas o era) o tráfego ferroviário, que embora condicionado sempre se fez.

- Sabemos também que nestas linhas referidas nestas notícias, o tráfego é muito reduzido e deficitário também o produto dessa exploração, mas deve-se pensar em termos futuros numa rede integrada e não amputada, como por exemplo, seria um disparate total, encerrar de maneira definitiva Covilhã - Guarda, ficava amputada a ligação à Beira Alta, que é importante e estratégica, como alternativa, entre outros factores.

- Sabemos que os sindicatos são muito contudentes com a REFER e com o seu presidente Engº Luís Pardal (presidente, fecha, fecha), mas essa é a sua forma de actuar e sabemos como se faz a transmissão do movimento, com estas entidades.

- Em relação à APAC, revela realmente um desconforto com o que se passa, mas em relação ao Engº Arménio Matias, sabemos que a sua grande batalha é contra o governo em especial, por causa das medidas erradas (também concordamos, em parte com o presidente da ADFER) em relação ao TGV e em especial, no que concerne à TTT.

- A LUISFER há muitos anos que conhece muitos quadros superiores da CP, muitos deles que transitaram para a REFER, mas, podemos dar este exemplo claro, a própria REFER reconhece (foi um quadro superior que o disse) que não consegue ter com as pessoas (leia-se público em geral) uma empatia como por exemplo tem a CP, visto que a REFER, segue uma escola de engenharia pouco aberta ao diálogo, fechada em si mesma e isso é vísivel, por exemplo, através do seu site na net, que pouco informa.

- Ainda sobre nós, todos sabem que a nossa grande constestação vai para o governo de Guterres que já passou, mas não esquecemos os graves danos causados, que Durão Barroso e Pedro Santana Lopes a seguir, depois José Sócrates, não repararam no que toca à Grande Velocidade Ferroviária em Portugal, com a constituição da RAVE, que não aceitamos de maneira nenhuma a sua existência (só aceitamos a REFER), consideramos isso um gravíssimo erro, embora saibamos que a RAVE ficou triste - um seu administrador disse-nos ao telefone, a propósito doutra conversação, que sabia que nós não gostavamos deles (leia-se RAVE), o que nos causou uma certa graça, pela maneira como foi dita a mesma expressão-, embora isso possa causar um mal estar, pois sabemos que são as mesmas pessoas que estão na REFER e RAVE. Não estamos contra as pessoas (mas no lugar delas, se fossemos quadros da CP ou da REFER, não aceitavamos o convite para fazer parte da RAVE), mas sim contra a visão errada, que nós conseguimos "visionar" bem e que o governo de Guterres não conseguiu ver fazendo asneira e asneira grossa. Sobre este particular, o Engº Arménio Matias também tem este pecado mortal, pois já foi executivo na RAVE.

Por fim, de realçar que com tristeza, vemos estas confrontações, tidas por outras como normais entre relações empresariais, que defendem os seus argumentos, projectos e pontos de vista, sim, aceitamos e percebemos isso, mas era perfeitamente desnecessário haver este desentendimento entre pai (CP) e aquele que não que ser o filho pródigo (REFER).

Luís Moreira


News Release 1091 : 232 Kms de via sem comboios


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 10:26 - O jornal público de hoje, através de Carlos Cpriano, coloca à estampa uma notícia em que se refere que "Obras vão deixar 232 quilómetros de via-férrea sem qualquer comboio", em que, é implícita uma crítica à REFER, pelas várias entidades referidas.

Editamos então de seguida e na íntegra, com cortesia, o texto do Público acima referenciado:

Quatro anos depois da apresentação das orientações estratégicas para o sector ferroviário, a REFER atingiu os mínimos em investimento na rede e mantém linhas sem automotoras.

É uma situação inédita na rede ferroviária nacional. A REFER tem vindo a encerrar linhas para efectuar obras, contrariando uma prática centenária em que os trabalhos se realizavam sem interrupção do tráfego ferroviário.

As linhas do Tâmega, do Corgo e do Tua, e os troços Guarda-Covilhã e Figueira da Foz-Pampilhosa, estão fechados e não se sabe ao certo quando reabrirão. Isto porque, em alguns casos, nem sequer há projecto para avançar com as obras.

A situação contrasta com os grandes eventos do início da primeira legislatura de José Sócrates que anunciavam uma aposta forte no caminho-de-ferro em Portugal, como foi o caso da apresentação das orientações estratégicas para o sector ferroviário. Quatro anos depois, não só a REFER atingiu os mínimos em investimento na rede como, de momento, existem 178 quilómetros de via-férrea sem comboios, número que subirá para 232 quando em Maio se encerrar e renovar o troço Vendas Novas-Évora.

Com excepção da linha do Tua (onde subsistem dúvidas quanto ao seu futuro devido à construção da barragem que a poderá submergir) e do troço Guarda-Covilhã (onde decorrem obras em pontes), as restantes linhas aguardam pela concretização dos projectos de engenharia com a respectiva calendarização do investimento. Para o Corgo e Tâmega há uma vaga referência ao "início de 2011" para a sua reabertura, mas entre Figueira da Foz, Cantanhede e Pampilhosa não se sabe quando ali voltará o comboio a apitar.

Comum a quatro destas linhas foi o seu encerramento abrupto, sem qualquer aviso prévio às populações, fundamentado, mais tarde, por relatórios que alertavam para iminentes situações de risco. Nestes casos, foi criado serviço rodoviário alternativo.

Os autocarros entre a Guarda e a Covilhã custam à gestora de infra-estruturas 10.500 euros mensais desde Março deste ano. A linha já antes estivera encerrada por motivo de obras e voltou a fechar em Março, com reabertura prevista para este mês. Contudo, uma segunda empreitada deverá mantê-la encerrada por mais seis meses.

Para substituir as automotoras na linha Figueira da Foz-Cantanhede, a REFER paga 13.680 euros por mês a uma empresa rodoviária. O contrato termina em Março, mas deverá ser prorrogado, pois esta é a linha mais "esquecida" de todas, não havendo sequer projecto de modernização. Nas linhas de via estreita (Tua, Corgo e Tâmega) é a CP que suporta o transporte de substituição, mas a empresa não quis divulgar esses custos.

Para as populações locais subsistem dúvidas sobre se alguma vez o comboio voltará, apesar das promessas em contrário da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, reforçadas durante as eleições num périplo pelo Norte.

Certo é que, apesar de a CP ser a empresa incumbente do serviço público naqueles eixos, nada consta no seu site acerca dos horários dos autocarros a seu serviço. Foi assim que, nos anos oitenta, se concretizou o fecho definitivo das linhas de reduzido tráfego em Trás-os-Montes e no Alentejo,

Nelson Oliveira, presidente da APAC Associação Portuguesa dos Amigos dos Caminhos-de-Ferro, diz que não é por acaso que a maioria das vias encerradas para obras são do interior, com pouca procura e exploração deficitária. E lamenta que "a deficiente potenciação do efeito de rede no serviço ferroviário tenha afastado estas linhas de uma efectiva articulação dentro da oferta global da CP". Mais contundente, o presidente da Associação para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER), Arménio Matias, diz que a modernização da rede sempre se fez sem interrupção da circulação. O encerramento, diz, "é mais uma consequência da política errada [da tutela] nos últimos anos, escondida sob um manto de falsa sabedoria e alimentada por uma poderosa máquina de propaganda, que anunciou e tentou implementar as mais absurdas opções ferroviárias".

Luís Moreira


News Release 1090 : Problemas com a LGV Lyon - Torino


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 10:26 - O Ministro dos Transportes italiano, Altero Matteoli, acaba de referir que o mais tardar, até Dezembro próximo, irão ser retomados os trabalhos de construção da projectada (e de muito difícil execução, dizemos nós) Linha de Grande Velocidade entre Lyon e Torino. Convém recordar, que, enquanto em terras gaulesas prosseguem os trabalhos de construção desta linha, em Itália, estavam parados os mesmos trabalhos, depois dos protestos que na altura se geraram, aquando dos Jogos Olímpicos de Turim de 2006.

Luís Moreira


News Release 1089 : 2501 foi vedeta no Museu do Entroncamento


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 00.05 - A FMNF-AGM (Museu Ferroviário do Entroncamento) realizou no sábado passado, um evento ligado à mítica locomotiva eléctrica 2501, que como todos sabem, foi abatida recentemente ao serviço activo no parque de material circulante da CP.

Afecta que está agora à FMNF-AGM, quis a mesma fundação, realizar no programa anunciado, uma viagem de ida e volta, com a mesma locomotiva entre o Entroncamento e a estação da Barquinha na Linha da Beira Baixa. Além disso, proporcionou-se a quem quis, fazer uma visita ao interior da locomotiva em plena praça da rotunda do museu, possibilidade essa, só possível em situações muito especiais.


Fazendo um pouco de história, a 2501 foi a primeira de 15 locomotivas eléctricas de linha, da série 2500 (2501 a 2515), que equiparam a CP em matéria de tensão monofásica 25Kv 50Hz ac. Construída pelos vários construtores que em consórcio fizeram a Groupement 50 Hz, chegou a Portugal em 1956 e cumpriu mais de 50 anos de serviço activo no nosso país. Agora, tem o merecido descanso no Museu do Entroncamento.

Créditos: Pela reprodução do cartaz, agradecimento à FMNF-AGM.

Luís Moreira