19 outubro 2009

News Release 1092 : CP versus REFER


Faro [Portugal], 19.10.2009, Semana 43, Segunda-feira, 12:09 - Na nossa News Release anterior, assim como na News Release 1075, editamos duas notícias que editadas no Público e Diário do Sul, argumentam sobre desentendimentos entre a CP e a REFER, no que toca à futura total supressão do tráfego em parte da Linha do Alentejo e da Linha de Évora, para estarem sujeitas a novas beneficiações.

Também na News Release anterior, são conhecidas através da notícia editada, posições da APAC (por parte do seu presidente, o nosso amigo Nélson Oliveira), assim como do terrível Engº Arménio Matias (presidente da ADFER), que também conhecemos e que tanta polémica tem causado com a sua posição sobre a Terceira Travessia sobre o Tejo.



Sobre esta matéria, gostariamos de dizer o seguinte:

- Todos os nossos amigos leitores, especialmente aqueles que há mais anos acompanham a nossa actividade, sabem que temos um carinho e amor especial pela CP e também pela REFER, porque agora sendo duas empresas distintas, antes eram só uma e com a CP de antigamente, tivemos e temos uma cumplicidade de amizade de mais de 30 anos.

- No entanto, não era expectável que acontecesse e já aconteceu também no passado, desentendimentos entre estes dois operadores, pois como nos lembramos dos conflitos por causa do pagamento que a CP tem que fazer à REFER pelo uso da infra, assim como outras situações de conflito.

- Em relação à Linha do Alentejo e Évora, a REFER pode dizer que "é presa por ter cão e presa por não ter", mas esta situação, seria desnecessária acontecer, se houvesse um planeamento pensado como deve ser, visto num todo da rede ferroviária, e não em zonas ou linhas e trajectos específicos. Realmente, não foi há 10 ou 15 anos que se renovou a via na Linha de Évora entre Casa Branca e Évora, foi há quase 3 anos, portanto, deveria ter-se preparado os instrumentos financeiros e de projecto, para se fazer nessa altura (electrificação e não só), o que agora se anuncia que se vai fazer. Aliás, segundo nossa opinião, (cf Directório), existem opções nos investimentos da REFER, que para nós, deviam ser noutros trajectos e noutras linhas, embora, em alguns deles concordemos com o que a REFER está fazer. Sabemos, que são visões diferentes e legítimas, seja por parte da REFER, como por parte da LUISFER. Aliás, aqui o Engº Arménio Matias tem razão, no passado, sempre se fizeram todas as obras, mas nunca se suspendeu (e se suspendia, por algumas horas nocturnas o era) o tráfego ferroviário, que embora condicionado sempre se fez.

- Sabemos também que nestas linhas referidas nestas notícias, o tráfego é muito reduzido e deficitário também o produto dessa exploração, mas deve-se pensar em termos futuros numa rede integrada e não amputada, como por exemplo, seria um disparate total, encerrar de maneira definitiva Covilhã - Guarda, ficava amputada a ligação à Beira Alta, que é importante e estratégica, como alternativa, entre outros factores.

- Sabemos que os sindicatos são muito contudentes com a REFER e com o seu presidente Engº Luís Pardal (presidente, fecha, fecha), mas essa é a sua forma de actuar e sabemos como se faz a transmissão do movimento, com estas entidades.

- Em relação à APAC, revela realmente um desconforto com o que se passa, mas em relação ao Engº Arménio Matias, sabemos que a sua grande batalha é contra o governo em especial, por causa das medidas erradas (também concordamos, em parte com o presidente da ADFER) em relação ao TGV e em especial, no que concerne à TTT.

- A LUISFER há muitos anos que conhece muitos quadros superiores da CP, muitos deles que transitaram para a REFER, mas, podemos dar este exemplo claro, a própria REFER reconhece (foi um quadro superior que o disse) que não consegue ter com as pessoas (leia-se público em geral) uma empatia como por exemplo tem a CP, visto que a REFER, segue uma escola de engenharia pouco aberta ao diálogo, fechada em si mesma e isso é vísivel, por exemplo, através do seu site na net, que pouco informa.

- Ainda sobre nós, todos sabem que a nossa grande constestação vai para o governo de Guterres que já passou, mas não esquecemos os graves danos causados, que Durão Barroso e Pedro Santana Lopes a seguir, depois José Sócrates, não repararam no que toca à Grande Velocidade Ferroviária em Portugal, com a constituição da RAVE, que não aceitamos de maneira nenhuma a sua existência (só aceitamos a REFER), consideramos isso um gravíssimo erro, embora saibamos que a RAVE ficou triste - um seu administrador disse-nos ao telefone, a propósito doutra conversação, que sabia que nós não gostavamos deles (leia-se RAVE), o que nos causou uma certa graça, pela maneira como foi dita a mesma expressão-, embora isso possa causar um mal estar, pois sabemos que são as mesmas pessoas que estão na REFER e RAVE. Não estamos contra as pessoas (mas no lugar delas, se fossemos quadros da CP ou da REFER, não aceitavamos o convite para fazer parte da RAVE), mas sim contra a visão errada, que nós conseguimos "visionar" bem e que o governo de Guterres não conseguiu ver fazendo asneira e asneira grossa. Sobre este particular, o Engº Arménio Matias também tem este pecado mortal, pois já foi executivo na RAVE.

Por fim, de realçar que com tristeza, vemos estas confrontações, tidas por outras como normais entre relações empresariais, que defendem os seus argumentos, projectos e pontos de vista, sim, aceitamos e percebemos isso, mas era perfeitamente desnecessário haver este desentendimento entre pai (CP) e aquele que não que ser o filho pródigo (REFER).

Luís Moreira


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