10 janeiro 2011

News Release 2326 : Redução de oferta na CP


Faro [Portugal], 10.01.2011, Semana 02, segunda, 16:52

Como a generalidade das pessoas sabem e os nossos amigos leitores também sabem, o nosso país está a atravessar uma enorme crise orçamental e especialmente da dívida soberana nos mercados estrangeiros, que constantemente penalizam a terra lusa. A nível ferroviário, já no passado e no tempo do Estado Novo e pré-Estado Novo, houve por várias vezes, reduções de oferta de comboios, devido a crises vividas também no passado e que a CP, teve na altura, que fazer frente, como por exempo em alturas específicas, alimentar as caldeiras da suas locomotivas a vapor, com lenha ou óleo (pouco eficaz, mas mais barato), em lugar do tradicional carvão (muito mais eficaz, mas muito mais caro)), que na sua esmagadora maioria, provinha do Reino Unido, então envolvido na II Guerra Mundial.

Nos tempos que correm com a governação Sócrates, o MOPTC já pediu à CP, contenção de custos e redução dos mesmos numa percentagem significativa e que a CP tem estado a estudar, entre elas a redução de pessoal (na universalidade do grupo CP) e redução de oferta de comboios também, especialmente aqueles com pouca procura.

Sendo assim, sabemos de fonte segura que, ainda não seja do conhecimento público nem ainda anunciado (está para breve), haverá por todo o país, reduções muito significativas na oferta que hoje existe, especialmente nos serviços Regionais.

Aquilo que desejamos é que esta seja uma situação temporária, que o corte não prejudique quem utiliza o comboio numa forma quotidiana de trabalho, mas venha a sobrar um pouco para as pessoas que viajam ocasionalmente e que tanto podem viajar neste ou naquele comboio, sem grandes transtornos. Sabendo-se hoje que haverá redução, talvez seja esta a melhor altura para, quando a "crise passar", possa ser retomada a oferta, ajustada numa ainda melhor oferta, que possa significar nesta ou naquela relação (linha), mais ou menos comboios, mas uma melhor e racioanal oferta, comparada com a atual situação que hoje vivemos.


Luís Moreira