11 maio 2010

News Release 2041 : CFR


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 22:09

Além das páginas web que a LUISFER realiza e que todos os nossos amigos leitores já conhecem, existem também outras páginas (ferroviárias), sejam elas dos organismos, das redes e da infra, como das associações e dos amigos dos comboios. Nesse sentido, estamos a apontar e a referir regularmente neste nosso blogue oficial, um outro site, que ligado à área ferroviária, gostariamos de dar a conhecer aos nossos amigos leitores que por ventura, possam não conhecer, e assim, poderem aceder a essa página web e conhecer a sua oferta.

Sendo assim, damos hoje destaque à página da CFR, que é a congénere da CP em terras romenas e que se denomina "cfr".



Página: CFR
Endereço URL: http://www.cfr.ro/
Situação: Activa
Idioma: Romeno, Inglês e Francês
Autor: CFR
Classificação LUISFER
Page Screen: 3 em 10
Page Total: 5 em 10

O Blogue LUISFER linka para esta página. Ao contrário, esta página não linka para o Blogue LUISFER.

Já foram promovidas e dado o respectivo destaque em News Release neste blogue, as seguintes páginas:

UIC • CER • IMTT • Eurofima • EIM •

REFER • ADIF • RFF • Infrabel • Prorail • Network Rail • RFI •

CP (Portugal) • RENFESNCF • DSB • FERTAGUS • CP (Canada) • CJRC • BNSF • SŽ • FGV • KORAIL • ISR • CFM • CFL • CFR •

• ML • MP • MM • MTS •

• Alstom • Bombardier • CAF • EMEF • REFER Telecom • COMSA •

• ALACF • AMF • CEC • APAC • 6 de Setembro • ADFER • ACAF • ASAF • FERROVIE ON LINE •

• Ferro Produções • Cantinho dos Comboios (YouTube) • Valério dos Santos •

• De Comboio • Comboios XXI • Railfaneurope • Transportes XXI • O Comboio em Portugal • Railpictures • Cantinho dos Comboios (Blogue) • Caminho de Ferro Vale da Fumaça • Paulo Ferreira Fotopic • Linha da Beira Baixa • Projecto Geogare • JS Trains • Ferrovia Portuguesa Fotopic • Le Paradis du X • Comboios do Norte • Sindefer • Voies Ferrees • Class 67 •


Luís Moreira


News Release 2040 : CP Carga liga Aveiro ao Marco de Canaveses


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 22:04

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Transportes & Negócios
Autor: Redacção
Data: Hoje

Cerca de 370 toneladas de cereais seguiram directamente do porto de Aveiro para o Marco de Canaveses a bordo de um comboio da CP Carga.

Tratou-se de uma estreia do porto de Aveiro e de uma demonstração mais das virtualidades da ligação ferroviária inaugurada no final de Março. Pela primeira vez naquele porto, uma carga de cereais a granel foi encaminhada até ao destino por via férrea.

No total foram movimentadas 370 toneladas, que foram carregadas em 14 vagões da CP Carga, numa operação que envolveu a Aveiport, empresa responsável pela operação portuária.

A carga, propriedade da Acembex, seguiu depois para o seu destino, no Marco de Canaveses.

O tráfego de granéis alimentares é um dos negócios que mais poderá aproveitar a ligação ferroviária do porto de Aveiro à rede nacional e ibérica, conhecida que é a vontade de vários operadores – e da própria administração portuária - de fazer do porto nortenho a porta atlântica para as importações da região espanhola de Castela-Leão.


Paulo Almeida



News Release 2039 : Críticos querem aproveitar adiamento para reponderar soluções da AV


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 22:00

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Transportes & Negócios
Autor: Redacção
Data: Hoje

O adiamento da ligação Lisboa-Poceirão faz renascer a esperança dos críticos da TTT e mesmo daqueles que contestam a entrada da linha Lisboa-Porto pelo Norte da capital.

A decisão do Governo de adiar a concretização do troço Lisboa-Poceirão, incluindo a TTT, da futura linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid poderá ter consequências que vão muito para além da contribuição o alívio do aperto financeiro em que o país se encontra.

Fontes contactadas pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS desvalorizaram o impacte da decisão agora anunciada na ligação entre as duas capitais, lembrando que há muito se falava na possibilidade de a linha Lisboa-Poceirão, e em particular a TTT não estarem concluídas a tempo de garantirem a passagem dos comboios em 2013.

À falta de TTT, os comboios para o Poceirão terão de passar pela Ponte 25 de Abril, um cenário que chegou a ser equacionado, faltando “apenas” decidir se se optará por comboios de bi-bitola (o que evitiria transbordos), se se criará um novo serviço “shutttle” específico, ou se se fará a integração com o “comboio da Ponte”.

Por outro lado, as mesmas fontes, que pediram para não ser identificadas nesta fase, sublinharam que o adiamento forçado da obra poderá ser aproveitado para, de novo, analisar o projecto, e nomeadamente as soluções que foram rejeitadas pelo Governo anterior e pela própria Rave.

A decisão de construir a TTT foi tudo menos pacífica, quer pelo local escolhido para a sua implantação, quer pela opção rodo-ferroviária que foi feita. Para não falar já dos que defenderam a solução em túnel.

Mas não só. O adiamento poderá ter também reflexos na implementação da linha Lisboa-Porto. Vozes críticas da opção escolhida pela Rave e pelo Executivo, em particular no que toca à entrada da linha na capital pelo Norte, defenderam ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS que se poderia aproveitar este contratempo para “emendar a mão” e reponderar a passagem da linha pela margem esquerda do Tejo e a sua ligação directa ao Novo Aeroporto de Lisboa.

Nenhum destes cenários estará, todavia, nos horizontes do ministério de António Mendonça e da própria Rave.

Uma interrogação que subsiste é saber como irá o Executivo acertar com os dois consórcios concorrentes à TTT o adiamento do projecto, tendo em conta os elevados custos suportados por ambos no processo e o facto de a decisão ter sido tomada já quando se esperava a todo o momento o anúncio do vencedor.


Paulo Almeida



News Release 2038 : Aveiport inaugura escoamento de cereal a granel pela ferrovia do porto de Aveiro


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 21:58

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Cargo Edições
Autor: Redacção
Data: Ontem

Nos dias 4 e 5 do corrente mês de maio, no Terminal Norte do Porto de Aveiro, a Aveiport, empresa do Grupo E.T.E., inaugurou o escoamento de cereal a granel por via ferroviária. A mercadoria do seu cliente Acembex foi carregada em 14 vagões da CP Carga, num total de 370,14 toneladas, com destino a Marco de Canaveses.

Assim se concretizou mais uma operação, só possível graças à nova valência do porto de Aveiro, que é o seu ramal ferroviário.

A experiência e capacidade das empresas envolvidas permitiu que, embora se tratasse de uma primeira experiência, as operações tivessem decorrido a contento das partes, criando assim as necessárias condições para que esta seja a primeira de muitas expedições deste tipo.

A Aveiport e o Grupo E.T.E aparecem desta forma ligados aos novos caminhos se abrem no porto aveirense, fazendo jus à credibilidade que o mercado lhes reconhece.


Paulo Almeida



News Release 2037 : Alemanha encolhe rede ferroviária, diz a Aliança Pro-Rail


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 21:27

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Cargo Edições
Autor: Redacção
Data: Hoje

Nenhum outro país da Europa central tem visto a sua rede ferroviária encolher de forma tão drástica nos últimos 20 anos como a Alemanha. Entre 1990 e 2008, a sua rede diminuiu 17,4 por cento, clama o loby Aliança Pro-Rail.

Tal redução significa que nenhum dos outros 27 países da UE, com excepção da Polónia, que teve uma queda de rede de 25,2 por cento, reduziu tanto a sua rede ferroviária. Segundo os cálculos da Aliança Pro-Rail, com base em dados da Comissão Europeia, a rede ferroviária europeia como um todo encolheu 8,1 por cento no mesmo período. No entanto, cerca de um terço dos países europeus estão investindo nas suas redes ferroviárias nacionais: a rede suíça cresceu 10,6 por cento e na Itália e Espanha também aumentou o tamanho das suas redes (4,9 por cento e 3,5 por cento, respetivamente).

"Com uma política de redução de rede, a Alemanha corre o risco de perder o contato internacional", vaticinou o presidente da Aliança Pró-Rail, Klaus-Dieter Hommel, criticando os operadores responsáveis pela infra-estrutura ferroviária pelo encerramento das linhas. "O Estado é responsável pela infra-estrutura ferroviária. Essa redução no tamanho da rede é o que os políticos querem".


Paulo Almeida



News Release 2036 : Lei das 60 toneladas exclui ferrovia do transporte de madeira


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 21:07

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Cargo Edições
Autor: Redacção
Data: Hoje

Ao permitir carregar 60 toneladas de madeira num único camião, a lei portuguesa retira o transporte de rolaria (madeira em toros) da esfera do transporte ferroviário, com as consequências ambientais por todos sentidas.

O serviço de transporte de madeira entre o terminal galego da Adif de As Gándaras (Lugo) e a estação da Figueira da Foz, que é feito pela Takargo e pela Comsa, deve-se ao facto de, em Espanha, não ser possível, como passou a acontecer em Portugal após 2005, carregar 60 toneladas de madeira num único camião, revelou Pires da Fonseca no recente Logistics & Supply Chain Meeting, que a publicação “Logística Moderna” realizou na semana passada em Palmela. O presidente do operador ferroviário privado considerou que tal diferença se deve a um "excesso de competência do legislador português".

A madeira tem como destino a fábrica da Celbi, localizada no Louriçal, suscitando a mobilização de três composições semanais (às segundas, quartas e sextas). Cada comboio transporta um pouco mais de mil toneladas de rolaria, acomodada em vagões-plataforma tipo MMC.


Paulo Almeida



News Release 2035 : Atividade do 1º Trimestre 2010 na SNCF


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 20:48

Desde há cerca de 2 semanas, que são conhecidos os resultados da exploração da francesa SNCF, congénere da nossa CP, relativos ao 1º Trimestre de 2010.

Sendo assim, podemos referir que todas as actividade e unidades de negócio da SNCF, estão em crescendo, assim:

€ 2.493 milhões para a SNCF Proximités (+ 59,5% *)
€ 2.076 milhões para a SNCF Geodis (+ 25,7%*)
€ 1.688 milhões para a SNCF Voyages (+ 0,7%*)
€ 1.114 milhões para a SNCF Infra (+ 8,3% *)
7.027 milhões para o Grupo SNCF (+ 24,5% ou seja € 1.384 milhões *)

* relativo a 2008


Luís Moreira


News Release 2034 : Modernização da Linha do Alentejo vai "aumentar a competitividade" do transporte de mercadorias - secretário de Estado


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 19:45

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Rádio Diana.fm
Autor: Redacção
Data: Ontem

O secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca, destacou hoje que a eletrificação da Linha do Alentejo vai aumentar a competitividade do transporte ferroviário de mercadorias, apesar de reconhecer o transtorno para os utentes devido às obras.

"A obra vale o transtorno", garantiu o secretário de Estado, durante uma cerimónia em Vendas Novas, onde foi apresentado o projeto de modernização do troço que liga Bombel/Vidigal a Évora, na Linha Ferroviária do Alentejo, num investimento superior a 48 milhões de euros.

Os utentes vão ter à sua disposição um serviço rodoviário de substituição, com um horário definido pela CP, e, a partir de 14 de junho, as obras implicam ainda a suspensão do serviço regional entre Évora e Beja.

Apesar de reconhecer que o "transtorno é grande" para os utentes, Correia da Fonseca realçou que a Linha do Alentejo é "estratégica" para o transporte de mercadorias.


Paulo Almeida



News Release 2033 : José Soeiro pede esclarecimentos sobre encerramento da linha ferroviária do Alentejo


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 19:42

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Rádio Pax
Autor: Redacção
Data: Hoje

José Soeiro entregou no passado dia 6, na Assembleia da República, um requerimento onde questiona o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações sobre o encerramento da linha ferroviária do Alentejo.

O deputado comunista pretende saber: que tipo de modernização vai ser implementada, se não haverá possibilidade de conciliar a realização das obras com a manutenção da circulação dos comboios, como explica o Governo a ausência de informação por parte da REFER conforme afirmam os autarcas e que transportes alternativos são disponibilizados em caso de não ser possível conciliar as obras de modernização com a manutenção do serviço aos passageiros.


Paulo Almeida



News Release 2032 : Cidadãos por Lisboa defendem que é "impensável imaginar o TGV" sem a capital


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 18:57

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Jornal i
Autor: Redacção com Lusa
Data: Ontem

O movimento Cidadãos por Lisboa, liderado por Helena Roseta, considera que "seria um erro adiar" o troço de alta velocidade Poceirão-Caia, mas defende que é "impensável imaginar o TGV sem Lisboa".

Num comunicado divulgado hoje, os vereadores e deputados municipais eleitos pelo movimento nas listas do PS referem que o financiamento deste primeiro troço, já adjudicado, está financiado em metade por fundos comunitários e que o consórcio que o vai construir tem o restante financiamento assegurado, incluindo uma parcela do Estado.



Por isso, aplaudem o avanço do projeto por ele permitir iniciar a ligação ferroviária à Europa, "essencial para o transporte das mercadorias nacionais", mas sublinham que o troço Poceirão-Caia "só fará sentido completando-o com a ligação a Lisboa, através de uma segunda ponte ferroviária".

"Isto terá de ser garantido, sob pena de prejudicar a própria essência da ligação Lisboa-Madrid", afirmam os vereadores e deputados.

O movimento considera que o anúncio de "reponderação" do novo aeroporto e da terceira travessia feito pelo Governo "pode ser uma boa oportunidade": "Face à crise económica e ao decréscimo conjuntural de tráfego aéreo, este intervalo de tempo pode e deve ser aproveitado para se encontrar uma solução que assegure uma articulação eficiente e simples entre o novo aeroporto, as linhas de alta velocidade ferroviária e a rede europeia".

Para o grupo, há que avaliar em conjunto as potencialidades portuárias - incluindo Sines, Trafaria e Golada do Tejo -, a serventia ferroviária de Lisboa, do novo aeroporto e do porto de Lisboa, as ligações ao sul e ao norte do país e as ligações ferroviárias europeias.

"Desta avaliação conjunta é que deve decorrer a fundamentação da localização e características da terceira travessia e de outras infraestruturas. Sem esquecer que a localização do novo aeroporto na margem sul não pode dispensar um acesso ferroviário fácil, cómodo, seguro, barato de e para o centro de Lisboa", refere o comunicado.

Considerando as dificuldades de financiamento atuais, os Cidadãos por Lisboa dizem que é importante "pensar e debater primeiro e decidir só depois" e apontam a necessidade de criar um programa nacional de reabilitação urbana como investimento público capaz de reanimar a economia.

Créditos: Pela foto, agradecimento ao jornal i.


Paulo Almeida



News Release 2031 : Reavaliação poderá atrasar ligação do TGV a Lisboa até 2015


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 18:50

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Público
Autor: Luísa Pinto, Ana Rute Silva, com Nuno Simas
Data: Anteontem

As obras de construção do troço Poceirão-Caia em Alta Velocidade já vão ser visíveis no terreno em Setembro, mas a ligação entre Lisboa e Poceirão, essencial para pôr nos carris o TGV até Madrid e que inclui a terceira travessia do Tejo, vai ser definitivamente repensada.

António Mendonça, ministro das Obras Públicas, assinou ontem o contrato de concessão da primeira fase do projecto, mas não quis explicar mais detalhes sobre o adiamento, já anteontem anunciado por José Sócrates em Bruxelas. Disse apenas que "não está em causa a ligação Lisboa-Madrid em 2013" e que "há soluções técnicas de transição".

O ministro refere-se à possibilidade de fazer avançar a obra da terceira ponte sobre o Tejo apenas na sua componente ferroviária, deixando-a preparada para receber a construção do tabuleiro quando a situação financeira melhorar. O investimento de quase dois mil milhões de euros que está previsto para esta ligação tem apenas assegurado uma pequena fatia de 172 milhões de euros de fundos comunitários. Segundo António Mendonça, foram "as circunstâncias actuais" da economia que ditaram esta decisão, e que também veio afectar a construção do novo aeroporto (ver caixa). É através desta estratégia de reavaliação de grandes projectos, da antecipação de algumas medidas inscritas no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) e de outros novos cortes que estão a ser ponderados que o Governo espera conseguir cumprir o que prometeu na sexta-feira a Bruxelas: reduzir este ano o défice para 7,3 por cento, em vez da anterior meta de 8,3 por cento, o que equivale a poupanças da ordem dos 1600 milhões de euros (ver textos na página ao lado e página 20).



Já esta semana Vítor Constâncio tinha considerado que seria normal suspender os investimentos programados, numa fase em que é preciso reforçar o PEC e reduzir mais o défice. Para Cavaco Silva, a decisão de repensar o troço Lisboa-Poceirão "vai ao encontro daquilo que muitos economistas e políticos têm defendido". O Presidente da República, que falava em Óbidos, reúne-se amanhã com um grupo de ex-ministros das Finanças (incluindo dois socialistas) que defendem a suspensão das grandes obras públicas.

Ponte sem carros

Neste momento, António Mendonça já tem na sua posse o relatório final do júri que avaliou as três propostas que se apresentaram ao segundo concurso lançado pela Rave. A Tave Tejo, liderada pelos espanhóis FCC, foi a que apresentou as melhores condições financeiras.

O PÚBLICO confirmou junto dos concorrentes que ainda não houve uma notificação formal sobre os resultados dessa avaliação, nem quais são os dois consórcios que passam à fase de negociações para apresentarem as suas propostas BAFO (Best and Final Offer). Tudo indica que passarão o consórcio Tave Tejo, e os portugueses da Altavia, liderados pela Mota-Engil. Pelo caminho ficará a proposta apresentada pelo Elos, que garantiu a vitória na primeira Parceria Público-Privada para a Alta Velocidade, e que ontem assinou o contrato de concessão.

Se o ministro reafirma o compromisso de ligar Lisboa a Madrid em 2013, já o professor de engenharia civil que assina o projecto da Tave Tejo é mais cauteloso e admite que os compromissos "poderão muito bem ser adiados para 2014 ou 2015".

Ao PÚBLICO, Adão da Fonseca, catedrático da Faculdade de Economia do Porto, diz que, para já, o processo ainda está a decorrer dentro dos prazos, e o que estava inicialmente previsto - iniciar os trabalhos no segundo semestre deste ano para ter a construção da parte ferroviária no terreno em 2012 - ainda pode ser cumprido. "Estamos a falar de prazos apertados de construção, mas ainda é possível conseguir esse calendário. Mas também não será grave se, em vez de 2013, os comboios só circularem em 2014. O que me parece importante é que circulem e Portugal esteja integrado numa rede de mobilidade europeia cuja necessidade é tão visível como [mostram] as últimas restrições no espaço aéreo", argumenta.

Tal como no processo da Auto-Estradas do Centro - o primeiro projecto a ser "sacrificado" pelo Governo para tranquilizar mercados e apelos da sociedade civil - o projecto da terceira travessia do Tejo vai ser redimensionado na fase das negociações com os concorrentes. Não será, por isso, necessário lançar um novo concurso. Até porque, diz Adão da Fonseca, as peças (tabuleiro rodoviário, ferroviário, acessibilidades) estão bem identificadas no processo e, tecnicamente, "é perfeitamente possível avançar com a obra de uma forma faseada".

A decisão de "congelar", por agora, o tabuleiro rodoviário poderá significar uma poupança na ordem dos 700 milhões de euros. Contudo, os custos de construção podem ser maiores quando, mais tarde, o Governo quiser construir esta infra-estrutura. As maiores economias serão nas acessibilidades que deixam de ser precisas na margem de Lisboa e no Barreiro.

Ontem, no Ministério das Obras Públicas, em Lisboa, uma sala cheia - com Mário Lino sentado na primeira fila - aplaudiu a assinatura do contrato de concessão entre o Estado e a Elos, o consórcio que vai construir o primeiro troço de Alta Velocidade em Portugal. A preparação da obra durou dois anos e meio, o que para as empresas envolvidas fez com que "alguns projectos lá fora tivessem de ficar para trás", disse Pedro Gonçalves, presidente da Soares da Costa.

Sem querer comentar a opção política dos investimentos, apelou a que todas as decisões sobre adiamento ou suspensão sejam tomadas em conjunto com os empresários e com "largo consenso, para dar estabilidade" e permitir ao sector privado "orientar as suas opções". "O que necessitamos é de um quadro claro para o desenvolvimento da actividade futura", disse, acrescentando que as empresas não podem "ser chamadas para picos de desenvolvimento" e depois terem de se dimensionar.

Para já, certo é que o TGV entre Poceirão e Caia estará pronto em 2013, mas dificilmente o comboio rápido conseguirá chegar a horas a Lisboa.

Créditos: Pela foto, agradecimento ao jornal Público.


Paulo Almeida



News Release 2030 : 117 anos de comboios entre a Covilhã e a Guarda.


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 17:21

Faz hoje 117 anos (foi em 11 de Maio de 1893), que se inaugurou o último troço da Linha da Beira Baixa, o que quer dizer, entre a Covilhã e a Guarda.



Como se sabe, este troço estava até há pouco tempo em exploração e era constituído por uma via única e em bitola larga não electrificada. Estando então no momento sem exploração ferroviária, com vista à sua modernização, este troço no futuro irá continuar a ser em via única e em bitola larga (1668 mm), mas estará totalmente ronovado e já electrificado com a tensão monofásica 25kV 50Hz ac.


Luís Moreira