11 maio 2010

News Release 2039 : Críticos querem aproveitar adiamento para reponderar soluções da AV


Faro [Portugal], 11.05.2010, Semana 20, terça-feira, 22:00

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Transportes & Negócios
Autor: Redacção
Data: Hoje

O adiamento da ligação Lisboa-Poceirão faz renascer a esperança dos críticos da TTT e mesmo daqueles que contestam a entrada da linha Lisboa-Porto pelo Norte da capital.

A decisão do Governo de adiar a concretização do troço Lisboa-Poceirão, incluindo a TTT, da futura linha de Alta Velocidade Lisboa-Madrid poderá ter consequências que vão muito para além da contribuição o alívio do aperto financeiro em que o país se encontra.

Fontes contactadas pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS desvalorizaram o impacte da decisão agora anunciada na ligação entre as duas capitais, lembrando que há muito se falava na possibilidade de a linha Lisboa-Poceirão, e em particular a TTT não estarem concluídas a tempo de garantirem a passagem dos comboios em 2013.

À falta de TTT, os comboios para o Poceirão terão de passar pela Ponte 25 de Abril, um cenário que chegou a ser equacionado, faltando “apenas” decidir se se optará por comboios de bi-bitola (o que evitiria transbordos), se se criará um novo serviço “shutttle” específico, ou se se fará a integração com o “comboio da Ponte”.

Por outro lado, as mesmas fontes, que pediram para não ser identificadas nesta fase, sublinharam que o adiamento forçado da obra poderá ser aproveitado para, de novo, analisar o projecto, e nomeadamente as soluções que foram rejeitadas pelo Governo anterior e pela própria Rave.

A decisão de construir a TTT foi tudo menos pacífica, quer pelo local escolhido para a sua implantação, quer pela opção rodo-ferroviária que foi feita. Para não falar já dos que defenderam a solução em túnel.

Mas não só. O adiamento poderá ter também reflexos na implementação da linha Lisboa-Porto. Vozes críticas da opção escolhida pela Rave e pelo Executivo, em particular no que toca à entrada da linha na capital pelo Norte, defenderam ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS que se poderia aproveitar este contratempo para “emendar a mão” e reponderar a passagem da linha pela margem esquerda do Tejo e a sua ligação directa ao Novo Aeroporto de Lisboa.

Nenhum destes cenários estará, todavia, nos horizontes do ministério de António Mendonça e da própria Rave.

Uma interrogação que subsiste é saber como irá o Executivo acertar com os dois consórcios concorrentes à TTT o adiamento do projecto, tendo em conta os elevados custos suportados por ambos no processo e o facto de a decisão ter sido tomada já quando se esperava a todo o momento o anúncio do vencedor.


Paulo Almeida



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