02 fevereiro 2010

News Release 1485 : Travão no TGV a norte do Porto


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 20:51

O Correio da Manhã, diz e citando, que a linha de alta velocidade entre Porto e Vigo e a própria localização da estação central no Porto vão voltar a ser estudadas, anunciou ontem o ministro das Obras Públicas. As ligações em alta velocidade entre Lisboa e Madrid e Lisboa-Porto prosseguem nos calendários previstos, garante António Mendonça.

"Tendo em conta o potencial associado ao Aeroporto Sá Carneiro", foi pedido à Rede Ferroviária de Alta Velocidade (Rave) que estudasse a possibilidade de o integrar no eixo de alta velocidade Lisboa--Porto-Vigo, como estação terminal, afirmou o ministro, no decorrer de um almoço promovido pela Ordem dos Economistas sobre Obras Públicas

Por outro lado, adiantou António Mendonça, está a ser equacionada a construção de uma linha apenas para passageiros entre Porto e Vigo, o que permitiria uma poupança no projecto da ordem dos 200 milhões de euros. Recorde-se que este troço, devido a atrasos no lado espanhol, só deverá entrar em funcionamento depois de 2015.

Quanto às restantes linhas do projecto de TGV em Portugal, o ministro concretizou que está prevista para Abril a assinatura do contrato de concessão do troço Poceirão-Caia (na ligação Lisboa-Madrid) e a adjudicação do concurso para o troço Lisboa-Poceirão. No âmbito deste eixo, está ainda previsto o lançamento dos concursos para as estações de alta velocidade em Lisboa (integrada na estação do Oriente) e no Caia.

No eixo Lisboa-Porto, e até Junho, deverão ser preparados os concursos para os troços Pombal-Porto e Lisboa-Pombal, sublinhou o ministro das Obras Públicas. Quanto ao novo aeroporto em Alcochete, António Mendonça sublinhou que é "uma prioridade". No entanto, questionado pelos jornalistas sobre a privatização da ANA, recusou concretizar quer prazos para a operação, quer a percentagem que o Governo pretende colocar no mercado.


Paulo Almeida


News Release 1484 : Quando o Alentejo tinha uma grande rede ferroviária


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 20:37

O Diário do Sul, ontem, fala no seu sitío da internet, com nostalgia sobre a antiga rede ferroviária alentejana. Com cortesia, editamos a notícia em favor dos amigos leitores.

Numa das salas da Biblioteca Pública foi apresentado o 5º e último volume da colecção "Os Comboios em Portugal" um exaustivo trabalho de José Ribeiro da Silva, com fotografias de Manuel Ribeiro e do arquivo da CP.

Este acto foi presidido pela Governadora Civil de Évora, Fernanda Ramos; que tinha sentados à sua direita o autor do texto da obra; Nuno Marques, um jovem de 12 anos de idade, aluno da Escola Salesiana e "apaixonado" pelos comboios e José Lopes da editora Terramar. E à sua esquerda Maria Helena Guerra, em representação da vereadora Cláudia Sousa Pereira e Manuel Ribeiro. Este último livro é dedicado ao sul do país e refere em pormenor, uma linha que começou por ligar em 1863 apenas Casa Branca/Évora e somente ficou completa em 1905. Já escrevemos neste jornal acerca da Rede Ferroviária alentejana; mas os oradores da sessão foram também unânimes em mencionar o estado do abandono em que hoje tudo se situa com o encerramento de diversas estações. Umas já desaparecerem, outras estão totalmente vandalizadas; os carris "submersos" por capim e os túneis e viadutos num completo e confrangedor abandono. Inclusivamente muitos dos painéis em azulejaria também "voaram"-Para umas das utilidades fundamentais desta colecção é o permitir a visualização fotográfica de muitas das coisas que já desapareceram e fazem parte do passado. Nesta área da imagem Manuel Ribeiro, antigo funcionário da CP revelou que desde a sua entrada para a empresa (de onde já reformou) percorreu o país de lés-a-lés, criando e contribuindo assim para a criação de arquivo fotográfico que nem sequer existia. Hoje o seu acervo pessoal anda pelas cento e tal mil fotos; sendo dessa forma que se fez a escolha das ilustrações incluída nos cinco livros. Isso mesmo foi explanado no decorrer no seu discurso. Também usou da palavra a Governadora Civil que afirmou que depois de um dia de exaustivo trabalho, saía daquela sala muito mais calma, pois embora transmontana de nascimento nunca teve a oportunidade de efectuar viagens muito longas, via caminho-de-ferro. Tão entusiasmada ficou com o que viu e ouviu que declarou que assim que a sua actividade permita irá efectuar um percurso pela linha do Douro para certificar-se de uma coisa que é sabida por todos: que as belezas paisagísticas existentes em Portugal são tantas que não há necessidade de acorrer ao existente "lá fora" É aliás tradicional nas nossas mentalidades o achar que além fronteiras é que tudo é bom. E a janela de um comboio é o grande posto de observação.
O autor do livro, José Ribeiro da Silva, que começou a trabalhar aos 15 anos nas oficinas da CP, prosseguiu carreira chegando até ao lugar de revisor. Falando para Diário do Sul perguntámos o que o levou a fazer esta colecção:

"Olhe, o que esteve na base desta colecção foi o alguém me ter pedido para lhe arranjar elementos sobre comboios. Começou assim uma troca que resultou em acabar por ficar mais fascinado. E depois com tantos dados que comecei a ter (porque eu arranjava para os outros e eles mandavam-me também diverso material; parecia uma troca de cromos. E a seguir houve que pensar o que fazer com aquilo; e o resultado é esta obra que aqui está.


Os cinco livros ficaram divididos por secções; e por uma razão muito simples: o conteúdo era muito longo, ia ficar um livro muito pesado; e depois tivemos que o dividir em cinco regiões; dividimos o Douro que ficou com a capa vermelha por causa do vinho do Porto; o volume seguinte em verde porque trata do Minho (a cor de toda a região) o 3 que tem capa branca que respeita às zonas da Beira Alta e Baixa (que é a zona da neve); vem depois o amarelo respeitando a Costa Oeste e a zona de Lisboa, e para último o azul por via das praias, referente ao Sul e Ilhas."

- E quanto aos núcleos museológicos? Em tempos falando na estação de São Bento (no Porto) com o engenheiro Ginestal Machado ele tinha planos para renovar e seccionar todo o material existente.

"Sabe que é difícil falar nisso. Não está conforme ele desejava, mas agora foi criada uma Fundação e tudo isso ficou a cargo dela; e se calhar será uma instituição com contornos diferentes dos desejos de Ginestal Machado. Mas o espólio mantém-se, agora não será como ele queria."

O Alentejo já teve uma expansão ferroviária notável. Mas entretanto desapareceu. Porque é que os comboios levaram este rombo?

"Olhe, são directrizes que as empresas tomam. Nós temos que admitir que aqui na região do Alentejo quase todas cidades ficam longe do caminho-de-ferro, portanto isso é uma das desvantagens ou uma das razões dos comboios começarem a ficar arredados um pouco das populações. Para mim é um dos motivos, outros são as directrizes da empresa ao concluir por essa solução (eles lá sabem porquê)."

Quanto jovem Nuno Marques que fez uma interessante explanação acerca da sua paixão pelos comboios introduzindo-lhe algumas ideias, raciocínios mesmo sobre a função e utilidade do transporte também afirmou para o nosso jornal:

"Sempre foi desde pequeno eu gostar muito dos comboios, eram estruturas com muitas e complicadas peças.


Hoje venho aqui efectuar uma pequena palestra sobre esta colecção apresentar a minha opinião sobre este tema.

É pena aqui no Alentejo quase já não existir tráfego de passageiros, deviam fazer pelo menos tráfego turístico.

- E que pensas do TGV?

"O TGV Lisboa/Porto penso que é uma pequena parvoíce; agora entre Lisboa/Madrid acho que concordo porque o Alfa Pendular está a ser muito mal explorado, a linha do norte está em muito mau estado, e o Alfa Pendular quer andar a uma velocidade superior e não o pode fazer. Anda na marcha semelhante ao Inter-Cidades". E mais não disse porque é um rapaz com 12 anos, tem ideias próprias mas que as assistências e a comunicação social ainda o atemorizam um pouco; o que perfeitamente natural.

Falou-se portanto em Évora de comboios, um transporte que ainda hoje está no coração de muitos residentes. Até porque os comboios foram ao longo dos tempos grandes alavancas para o progresso de muitas terras, sobretudo as do interior.


Paulo Almeida


News Release 1483 : Comboios da CP já circulam no Peru


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 19:45

Com cortesia, editamos este post de Isabel Magalhães, no blogue Oeiras Local, que argumenta sobre material da CP a circular no Peru.

As antigas automotoras ao serviço da Linha do Vouga, no distrito de Aveiro, transportam agora turistas... no Peru. Os comboios que a CP vendeu à peruana Crosland estão, desde Outubro do ano passado, a fazer a ligação três vezes por dia entre Ollanta, a última cidade inca ainda habitada, e Machu Pichu, uma das sete maravilhas do Mundo.

As várias automotoras que asseguravam a ligação entre Sernada do Vouga e Espinho foram desactivadas em 2000, no âmbito da renovação da frota da CP. Actuando no sector ferroviário, a Crosland sabia da disponibilidade destes comboios e acabaria, em 2007, por comprar nove das dezoito unidades desactivadas, por 760 mil euros.











Construídos na ex-Jugoslávia, nos anos 60, estes comboios de bitola estreita correspondiam ao que a empresa peruana precisava para lançar a Inca Rail, responsável pela sua primeira linha turística. Ou seja, dispunham das características técnicas necessárias para circular nos carris de uma linha sinuosas e de curvas apertadas, típica das montanhas peruanas.

O traçado da via-férrea segue o percurso de um rio (Vilcanota), num trajecto de curvas muito fechadas e túneis estreitos, feitos a 40 km/h. Com preços entre os 27,80 euros (classe executiva) e os 48,65 euros (1ª classe), a viagem demora cerca de uma hora e meia e liga aquelas duas atracções turísticas.

As restantes automotoras foram, depois de recuperadas pela EMEF (uma empresa de manutenção), vendidas para Moçambique, onde já se encontram ao serviço, como adiantou ao CM o presidente da CP, Cardoso dos Reis.

Nos últimos cinco anos, o grupo ferroviário português destacou-se nas exportações, tendo vendido comboios usados no valor de cerca de 65 milhões de euros.


Paulo Almeida


News Release 1482 : Linha do Douro abre em Abril


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 19:32

Na versão electrónica do JN Jornal de Notícias de hoje, Eduardo Pinto faz referência à Linha do Douro e à reabertura do troço que até agora está encerrado. Com cortesia e citando, transcrevemos em favor dos nossos leitores, o referido texto.

O troço da Linha do Douro entre Foz-Tua e Pocinho só vai reabrir no próximo mês de Abril. Está encerrado desde 25 de Dezembro do ano passado devido a uma derrocada de pedras e os trabalhos de reparação estão a demorar mais que o previsto.

Depois de o PCP de Torre de Moncorvo e de o PS de Vila Nova de Foz Côa terem vindo a público manifestar o seu receio pela demora no reatamento das ligações de comboio entre Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães) e Pocinho (Foz Côa), não tardaram rumores que davam conta do encerramento definitivo da linha. Porém, fonte oficial da REFER desmente tal intenção, até porque se a tivesse "não estaria a efectuar os trabalhos de reparação".

Essa garantia já foi dada também aos autarcas da região. O presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, adiantou, ao JN, que as informações que recebeu da REFER em recentes contactos indicam que "a reabertura da linha está prevista para princípios de Abril" e, por isso, não alinha nas desconfianças sobre o eventual encerramento definitivo da via. "Isso não tem qualquer fundamento", acredita.

O problema é que a derrocada do dia de Natal ocorreu numa zona de elevado risco e que até já estava referenciada pela REFER. Por esse mesmo motivo, tinha uma empreitada a decorrer numa zona adjacente para minimizar o risco de derrocadas.

Desprendimento de pedras

Devido ao mau tempo e especialmente à grande pluviosidade de Dezembro, grandes pedregulhos desprenderam-se da encosta de declive muito acentuado e destruiu a linha numa extensão de quase 30 metros, a cerca de três quilómetros da estação de Foz-Tua. Desde então, a REFER tem no local homens e máquinas a trabalhar na remoção das toneladas de pedras e terra que caíram e na consolidação da escarpa, de modo a precaver a ocorrência de novos incidentes. De resto, são bastante comuns na Linha do Douro, que atravessa zonas muito íngremes, mas raramente da dimensão daquela que mantém encerrada a ferrovia.

A intervenção em curso no local engloba a colocação de redes de resistência elevada e pregagens, medidas que são comuns quando é necessário tornar mais segura uma zona rochosa instável.



Paulo Almeida


News Release 1481 : 149 anos de comboios em Setúbal


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 19:21

Por lapso da nossa parte, e não por esquecimento porque já tinhamos agendado para o dia de ontem, a edição desta News Release, pelo que pedimos desculpa aos leitores, pela sua não edição.

Actualizando para o dia de hoje, informamos então que ontem, dia 1 de Fevereiro, fez 149 anos que o comboio chegou pela primeira vez à estação de Setúbal, pois inaugurava-se o troço entre o Pinhal Novo e esta cidade sadina. Como se pode perceber bem, daqui a um ano, far-se-á de modo condigno os festejos necessários, pois são 150 anos do comboio em Setúbal e 150 anos não são uma data qualquer.


Luís Moreira


News Release 1480 : Paulo Almeida é o nosso novo colaborador permanente


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 15:09

Desejamos informar os nossos amigos leitores, que desde o dia de hoje, faz parte da equipa de colaboradores permanentes deste nosso/vosso blogue, o Senhor Paulo Almeida, que aceitou com simpatia o nosso convite, no sentido de nos trazer com regularidade a sua importante prestação, em favor de todos os leitores deste blogue. Com base em Oeiras, este nosso novo colaborador, desempenhará uma função importante e do agrado de muitos leitores, pois estará atento e trará aos leitores, a informação ferroviária relevante que os nossos media vão editando, desde a televisão, rádio e ainda, pelos jornais de âmbito nacional ou regionalista.

Esperamos que a nossa prestação diária seja cada vez mais valorizada, por força do desempenho desta equipa formada por Luís Moreira, Hugo Rego, Manuel Tão e Paulo Almeida.


Luís Moreira


News Release 1479 : Resolução do Conselho de Ministros n.º 7/2010


Faro [Portugal], 02.02.2010, Semana 06, Terça-feira, 13:34

Informamos, que foi publicada hoje em Diário da República, I Série - com o nº 22, a Resolução do Conselho de Ministros nº 7/2010 e que argumenta assim:

O Decreto n.º 25/2007, de 22 de Outubro, com o objectivo de assegurar a manutenção das condições necessárias para a programação e execução do empreendimento público relativo à ligação ferroviária de alta velocidade do eixo Lisboa -Madrid, sujeitou a medidas preventivas as áreas abrangidas pelo traçado  previsto nos municípios de Moita, Palmela, Montijo, Vendas Novas, Montemor-o-Novo, Arraiolos, Évora, Redondo, Vila Viçosa, Alandroal e Elvas, de forma a evitar a alteração das circunstâncias e condições existentes ou a tornar a execução do referido empreendimento mais difícil ou onerosa.

Os traçados preliminares previstos para a ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid foram entretanto objecto dos necessários procedimentos administrativos de avaliação de impacte ambiental, tendo sido emitidas as correspondentes declarações de impacte ambiental, que concluíram com a selecção de uma das alternativas de corredor propostas.

Consequentemente, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 11/2009, de 27 de Janeiro, alterou as áreas abrangidas pelas medidas preventivas.

O n.º 6 do artigo 1.º do Decreto n.º 25/2007, de 22 de Outubro, fixou o prazo das medidas preventivas em dois anos, com a possibilidade de prorrogação por mais um ano.

Considerando que ainda não foi possível proceder à programação integral do empreendimento público garantido através das medidas preventivas, dada a sua complexidade, nomeadamente, as limitações decorrentes do atravessamento de áreas urbanas consolidadas, é necessário prorrogar o prazo de vigência das medidas preventivas estabelecidas pelo Decreto n.º 25/2007, de 22 de Outubro.

Assim:

Nos termos do n.º 1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 794/76, de 5 de Novembro, na redacção actual, conjugado com o n.º 1 do artigo 112.º do Decreto -Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, na redacção actual, e da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:

1 — Prorrogar, por um ano, a contar desde 22 de Outubro de 2009, a vigência das medidas preventivas estabelecidas pelo Decreto n.º 25/2007, de 22 de Outubro, relativamente às áreas definidas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 11/2009, de 27 de Janeiro.

2 — Determinar que a presente resolução entra vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Presidência do Conselho de Ministros, 14 de Janeiro de 2010 — O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.


Luís Moreira