30 julho 2007

News Release 640 : CONSIDERAÇÕES SOBRE A IRRADIAÇÃO DE MATERIAL CIRCULANTE DA CP




Porto [Portugal], 30.07.2007, Semana 31, Segunda-Feira, 20:52 - Através desta News Release, desejamos fazer algumas considerações, sobre o estado actual e também na muita irradiação de material circulante, seja ele motor ou rebocado, que tem acontecido nos últimos anos, no parque da CP.

Também através destas considerações, respondemos ao nosso amigo João Roberto, que nos enviou um e-mail simpático, e que nos perguntava a nossa opinião, sobre a venda de material circulante para a Argentina, exagerada, segundo a sua visão, assim como também, no passado recente, recebemos alguns e-mails, uns com informação (latinrieles) e outros, individuais, perguntando quando "llegava" mais material CP.

Considerando tudo isto, desejamos então, tornar público o seguinte parecer:

1 - A UIC, recomenda e bem, que o material circulante, esteja ao serviço nas redes, durante algumas dezenas de anos, 25, ou 30, ou 35, conforme os tipos, claro que o matérial eléctrico, tem geralmente mais vida útil, que o material térmico e também, sabemos, que seja na CP, como nas outras redes, por razões estratégicas e pelo próprio investimento, às vezes adiado, se ultrapassa estes períodos de validade, ao não se renovar, os respectivos parques.

2 - Por outro lado, aqueles que vivem mais de perto a realidade dos parques de material circulante das redes (como a LUISFER e outros), não devem olhar aos sentimentos e gostos particulares, por esta ou aquela série, pelo que, quando atinja o limite de vida útil, deve ser abatido ao efectivo.

3 - Também somos de opinião, que deverá estar representado no inventário do MNF-AGM, sempre que possível, pelo menos 1 exemplar, com as cores de origem, de cada série, e que esteja, também se possível, sem alterações de fundo na caixa, produto de beneficiação que tenha tido ao longo da sua "carreira" na CP.

4 - Substituir, por material novo adequado, aquele que foi abatido ao serviço, quando falte em correspondência.

5 - Perceber o tráfego actual, também perceber o cuidado com que a CP, sempre teve, durante décadas, na manutenção do seu parque, assim como, outros factores, que também gostariamos de referir, que podem ser considerados menores, como esquemas de pintura e numeração do mesmo material circulante.

6 - Considerar, que, fazendo bem ou mal, a CP é que ordena nesta matéria, pelo que, o nosso contributo, fica apenas por este parecer, como é evidente, e não mais que isso.

Tidos todos estes considerandos em conta, podemos começar, pois pode ser expectável, já pela numeração do material circulante, que referimos em 5. A LUISFER, considera que a numeração actual da CP, dita UIC, está muito bem representada, embora preferissemos outra orientação para a mesma numeração UIC, especialmente para os dígitos 6 a 11 do material motor, que deveria ter, outra leitura (não em cavalos, para os dígitos 6 e 7), mas referimos em especial, o grave erro, que não respeita a ordem estabelecida e que adultera por completo, aquilo que estava bem feito. Sabemos que agora é complicado (mas pode-se fazer), por já estar na memória do pessoal e dos arquivos informáticos, mas quando a CP recebeu em 1993 as 5600, estas mesmas locos, não deveriam ter nunca esta numeração, sabemos que 5600, quer referir 5600 Kw, e isso, não é motivo, para classificar a série como 5600. Claro que quem está atento, percebe logo, que é correcto, ter-se dado a numeração 2500 e 2550, porque similares, às locos Groupement e deixar um intervalo para as UTE's 2100, 2150 e 2200 (depois das 2000, 2050 e 2080) , e agora 2240, muito bem intercalada esta última série, antes das 2300 e 2400. Continuando o raciocínio, vieram depois as espectaculares 2600 e 2620, também correcta a sua numeração. Chegam então as 5600, e claro, percebe-se que não "casam" com as 2500/2550 e 2600/2620, por isso, deveriam ter, a numeração na série seguinte e que está disponível, ou seja, seriam as 2701 a 2730. Para o ano, chegam as 4700, outro erro (estava previsto ser 4600, porque 4600 Kw, mas para não haver confusão 4600/5600, adianta-se para 4700), porque se vai à potência e agora que começam a ser construídas, deviam vir com a numeração adequada, ou seja, não sendo iguais, mas são da mesma família (mais avançada, mas da mesma família), por isso, como as numeração disponíveis, não são muitas, deviam estar na mesma continuidade, ou sejam seriam as 2751 a 2775 (havendo lugar para mais 24 unidades, caso viessem a ser adquiridas), e não se iniciar uma nova série, como seria 2801 a 2825, como se depreende. Outro pormenor, que seria de rever, é a leitura difícil que às vezes, acontece no material circulante, seja CP ou lá fora, que é as numerações serem inscritas, a ouro (amarelo) sobre laranja, cinza claro sobre branco, vermelho escuro sobre azul escuro e mais exemplos deviam ser dados, como por exemplo, as locos 1960, terem no seu frontal, a numeração num local que não é o mais feliz, e com algarismos muito pequenos, e que deveriam apresentar-se no actual esquema de cor laranja, num rectângulo azul, com números a amarelo (ouro) e de maior dimensão, e com pelo menos a numeração UIC, 1964-6, também como exemplo.

Fazemos neste momento, então um exercício, sobre cada série:

LOCOTRACTORES E LOCOMOTIVAS DIESEL

1000 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da casa britânica Drewry.

1020 - Numeração correcta. Já irradiada do parque.

1050 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da casa francesa Gaston Moyse.

1100 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da americana General Electric.

1150 - Numeração correcta. Tentar manter sempre que possível, o actual parque, pese embora a sua idade, que não é avançada demais. 1 exemplar para o Museu, representativo das britânicas Sentinel e Rolls-Royce.

1200 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Venda à Argentina, sim, mas não na quantidade prevista. Algumas deviam ter ficado a fazer serviço, acompanhando as 1150. 1 exemplar para o Museu, representativo da casa francesa Brissoneau & Lotz.

1300 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da americana Whitcomb.

1320 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Devolução à RENFE.

1400 - Numeração correcta. Ainda no parque. Já com uma respeitável idade, manter o mais possível as unidades que estão na série, que fazem falta. Parar com o envio para a Argentina. A acontecer, só mais tarde. 1 exemplar para o Museu, representativo da inglesa English Electric, de preferência 1 entre as 1401 a 1410.

1500 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da mítica casa americana Alco.

1520 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Não necessário afectar ao Museu, porque 1 exemplar da 1500.

1550 - Numeração correcta. Ainda no parque. Mais tarde 1 exemplar para o Museu, representativo da canadiana MLW.

1800 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, embora já haja 1 exemplar da mesma casa (1400), mas esta série é mítica.

1900 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter o mais possível, as unidades que existem.

1930 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter o mais possível, também as unidades que existem e não vender nenhuma unidade à Argentina. Mais tarde, 1 exemplar para o Museu, representativo da mítica francesa Alsthom.

1960 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter o mais possível, todas as unidades. 1 exemplar para o Museu, mais tarde, também representativa da mais extraordinária loco diesel da CP, e também representativa da canadiense Bombardier.

9000 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Vendas correctas. 1 exemplar para o Museu, representativo da primeira loco (a sério) para a via estreita em Portugal.

9020 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Algumas deveriam ter ficado cá. 1 exemplar para o Museu, representativo da única série de locomotivas diesel, recebidas como novas, para a via estreita.

Séries disponíveis: 1250, 1350, 1600, 1650, 1700, 1750 e 1850

LOCOMOTIVAS ELÉCTRICAS

2500 - Numeração correcta. Ainda no parque. Logo que possível, retirar. 1 exemplar para o museu, representativo do Groupement e da primeira loco 25Kv em Portugal.

2550 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter o mais possível, apesar da idade, as locos ainda em condição, para dar folga ao parque e constituir reserva para pequenos serviços e libertar 2600, 4700 e 5600. 1 exemplar para o Museu, também.

2600 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter claro, durante muito tempo, todas as unidades disponíveis. Não afectar todas para a CP Carga, manter algumas para o PAX Longo Curso. 1 exemplar para o Museu, quando chegar a altura.

2620 - Numeração correcta. Ainda no parque. O mesmo que para as 2600. Não necessário exemplar para o museu, visto haver 2600.

3300 - As 2 locos, claro que para o Museu.

4700 - Numeração que está prevista, incorrecta, gostariamos que fosse corrigida (ver acima).

5600 - Numeração incorrecta, gostariamos que fosse corrigida (ver acima). Correcta a distribuição entre Pax e Carga, com alguns acertos. Um dia, claro que também 1 exemplar para o Museu.

Séries disponíveis: 2700 e 2750 (se for atendida a nossa sugestão) + 2800, 2850, 2900 e 2950.



AUTOMOTORAS DIESEL

0050 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu.

0100 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativa da casa sueca NOHAB. Venda para a Argentina, sim, correcta.

0300 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu, representativo da casa holandesa Allan.

0350 - Numeração correcta. Ainda no parque. Logo que possível, dar serviço menos pesado a este material e retirar logo que possível.

0400 - Numeração correcta. Já irradiada do parque.

0450 - Numeração correcta. Ainda no parque. Manter ainda durante algum tempo. Mais tarde, 1 motora só, para o Museu, representativa da série 0450, primitiva 0400.

0500 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. 1 exemplar para o Museu.

0600 - Numeração correcta. Ainda no parque. Melhorar o seu interior e transformar algumas UTD's em UDD's. Mais tarde, também 1 motora para o Museu.

0650 - Numeração correcta. Ainda no parque. O mesmo que para as 0600, excepto, nenhum exemplar para o Museu.

0750 - Numeração correcta. Já irradiada do parque.

9000 - Numeração correcta, embora em conflito (anos diferentes), com as loco 9000. Já irradiada do parque. Exemplar para o Museu.

9050 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Exemplar para o Museu.

9100 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Exemplar para o Museu.

9300 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Exemplar para o Museu.

9400 - Numeração correcta. Já irradiada do parque. Correcta venda para o Peru.

9500 - Numeração correcta. Ainda no parque. Devia haver mais exemplares. Um dia, 1 exemplar para o Museu.

9600 - Numeração correcta. Já irradiada no parque. Correcta venda para a Argentina e África. Pelo menos, 1 motora, deveria ter ficado para o Museu.

9630 - Numeração correcta. Ainda no parque. Um dia, 1 motora para o Museu.

9700 - Numeração correcta. Já irradiada do parque.

Séries disponíveis: 0150, 0200, 0800, 0850, 0900, 0950, 9200, 9350, 9450, 9550, 9650, 9750, 9800 e 9900.

AUTOMOTORAS ELÉCTRICAS

Já que as Automotoras Eléctricas da Linha de Cascais, foram matriculadas em 3150 e 3250, manter 3300, para futura série, para a Linha de Cascais, 3400 correcta e 3500 igualmente correcta, pelos que os CPA, deveriam ser na série 3600 e não 4000.

2000 + 2050 + 2080 - Numeração correcta. Já irradiadas do parque. Uma motora da série 2000, para o Museu, se possível, completa, ou seja, as 3 caixas. Venda para a Argentina, sim.

2100 + 2150 + 2200 - Numeração correcta. Já irradiadas do parque.

2240 - Numeração correctíssima. Ainda no parque. Um dia, um reboque e uma motora para o Museu, ou então uma composição completa.

2300 + 2400 - Numeração correcta. Ainda no parque. Um dia, 1 motora e 1 reboque, para o Museu, da primitiva série 2300 e não 2400.

3150 + 3250 - Numeração mais ou menos correcta. Ainda no parque. 1 exemplar para o Museu, incluíndo primitiva Cravens.

3400 - Numeração correcta. Ainda no parque. Mais tarde, motora e reboque para o Museu.

3500 - Numeração correcta. Ainda no parque. Mais tarde, motora para o Museu.

4000 - Numeração incorrecta (ver acima). Ainda no parque. Mais tarde, motora frontal para o Museu.

Sobre todas estas considerações, gostariamos que fossem observadas, sempre em favor, duma melhor organização do parque motor da CP e se for observada, melhor, em relação ao presente. A CP, como a RENFE ou SNCF, também renumeram séries de material circulante, porque não fazer isto mesmo, em relação às locos 4700 e 5600 (será, que vão ser 2700 e 2750 respectivamente, ou então, esgotando mais uma série, serem 2700 e 2800!!!) e CPA 3600 em vez da actual CPA 4000.

CARRUAGENS

Sobre o material rebocado, concordamos com a venda de algum dele, mesmo considerando a sua idade, temos imensa pena de ver as 22-40 000 a circular na Argentina, quando vemos material com ar condicionado, nos IC, feitas a partir das 21-69 e 22-69. Na altura, achamos correcto, porque ficaram muito melhores do que de origem, mas se soubessemos o que hoje se verifica, seriam as 21-69 e 22-69 a circular no país das pampas, e as 22-40 a estarem a fazer esse serviço. Por outras palavras, a CP, deve manter ainda durante bastantes anos, algumas 10-69 000, 10-69 500 e especialmente, um número considerável de 22-40 000, modernizar as mesmas, porque vão fazer falta. O actual parque CORAIL e equiparado, mais SUD, é curto.

MATERIAL CIRCULANTE NOVO

A nível de comprar material circulante novo, damos a seguinte sugestão, considerado é certo por alguns, como mais um palpite, mas pensamos assim.

As locos 4700 deveriam ser Alstom Prima e não Siemens e deviam ser 30 e não 25, pois de origem, foram só encomendadas 15, com opção (exercida) de mais 10. Novas UME para a Linha de Cascais, derivadas das 3500. Agora, Automotoras Diesel, que tal material igual ao TER da SNCF, especialmente 72500 e 73500, dignas sucessoras das séries actuais, 0100, 0350, 0450 e 0600/0650, ou então, material tipo TRD da RENFE, em lugar do material TER da SNCF.

Luís Moreira

Nota: Quando fazemos referência, de exemplar para o Museu, não significa que todo esse Material, esteja no Entroncamento, no futuro Museu. Por exemplo, é correcto uma automotora da série 0100 estar no Entroncamento e uma irmã da via estreita (série 9100), que também deve ser preservada, ficar então no norte do país, e não necessáriamente no Entroncamento.

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A LUISFER Estudos e Realizações Ferroviárias, é uma organização pessoal privada de Luís Moreira, que tem como objecto, efectuar estudos e realizações ferroviárias, de âmbito nacional ou internacional, sejam eles no caminho-de-ferro puro ou no modelismo à escala. A LUISFER, tem uma experiência acumulada de mais de 30 anos, pois foi fundada em 13 de Agosto de 1976 e tem a sua sede na cidade do Porto, Portugal, e é a mesma LUISFER, sócia ordinária da ADFER, da APAC e membra da CP Entusiastas e do Clube CISALPINO, assim como mantém excelentes relações com todas as organizações ferroviárias e com todos os operadores ferroviários (pax, cargo e infra), nacionais e internacionais.

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News Release 639 : 2 ANOS DA LINHA C (Metro do Porto)




Porto [Portugal], 30.07.2007, Semana 31, Segunda-Feira, 00:55 - Faz hoje 2 anos, que foi inaugurado o primeiro troço da Linha C (Verde) da Metro do Porto, entre a Fonte do Cuco e o Forúm da Maia, tendo como estações intermédias, Cândido dos Reis, Pias, Araújo, Custió e Parque da Maia.



Como os amigos leitores sabem, esta linha desenvolve-se sobre o antigo traçado da Linha de Guimarães, que em bitola métrica, ligava nesta secção, a Senhora da Hora à Trofa. Igualmente, como todos sabem, nesta linha C, as composições chegam hoje até à estação do ISMAI, faltando ainda construir, precisamente a ligação entre esta última estação, e a estação REFER/CP da Trofa.

Luís Moreira

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