23 março 2010

News Release 1734 : O TGV e o pé castelhano


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 18:58

Com cortesia, editamos na íntegra, artigo de opinião do Jornal OJE, publicado hoje na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante e da autoria de Jack Soifer.

O TGV vai custar 15 mil milhões de euros; o investimento irá para as empresas estrangeiras e o Estado deverá ter de subsidiar a deficitária linha Lisboa-Madrid. Dividido pelos 3 milhões de pessoas que pagam impostos, custará 5 mil euros a cada contribuinte. E é com o dinheiro dos impostos que o Ministério das Obras Públicas fez circular meia-verdades num encarte.

Na Suécia, o Tribunal de Contas critica fortemente as PPP, que tiveram derrapagens de custos e obrigaram o Estado a subsidiar os 30 quilómetros da única linha-piloto. A Espanha paga, em subsídios à AVE, 1,1 mil milhões de euros por ano. Em Portugal, o Tribunal de Contas condena com frequência as PPP.

Ainda falam em vantagens como:

- Reduzir os custos para o Estado;
- Diluir custos no tempo;
- Cumprir prazos sem derrapagens;
- Estimular a inovação e eficiência.

Vamos a elas:

- Reduzir: Os TGV são deficitários. A alternativa não é gastar menos, mas não gastar no inútil.

- Diluir: O TGV rouba o escasso capital das inovadoras e empregadoras PME para obras megalómanas. Substitui o capital público dos contribuintes pelo acumulo do bilhete dez vezes mais caro que um voo low-cost. Assim, não é investimento, mas custo para o Estado.

- Derrapagem: Até na Suécia derrapou. Seria o primeiro contrato em 750 anos de Portugal sem derrapagem?

- Inovação: A tecnologia do TGV tem 150 anos; uma locomotiva, força bruta. Já o Alfa usa a ciência, pendula, com motores por baixo das carruagens, é leve, usa pontes ligeiras, carris normais.

O TGV custa nove vezes mais a construir, cinco mais a explorar. Ganha só 20min. no total de 5,5 horas dos centros de Lisboa a Madrid. O vital é o tempo total, não a velocidade máxima. E o bilhete custará o triplo. Inovar é Light-alfa, que faz 260km/h e une Lisboa a Abrantes e Castelo Branco, antes da Espanha. E bitola europeia, não a ibérica a que ela nos obrigou há cem anos, com seis pés castelhanos.

Com os impostos dos contribuintes estão a desinformar! Leia o Plano Integrado dos Transportes!


Nota: A vermelho, aquilo que a LUISFER considera erro grosseiro e a negrito com a mesma cor aquilo que é erro grave.


Luís Moreira


News Release 1733 : A estação da REFER de Olhão (na LUISFER TV)


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 17:18

Tendo como objeto, dar a conhecer numa visão diferente a nossa antiga e atual realidade ferroviária, temos estado e iremos editar ao longo do tempo, alguns vídeos na nossa LUISFERTV, em que se tenta mostrar e promover, seja aos amigos dos comboios e demais interessados, assim como à própria REFER ou CP numa perspetiva diferente daquilo que elas próprias podem fazer, assim como ao visitante desconhecido que porventura visite o nosso canal TV, aquilo que é o caminho-de-ferro no nosso país, para através do conhecimento e da imagem, ficar-se a conhecer porventura melhor o mundo maravilhoso dos comboios.

Sempre numa produção e realização nossa, estes vídeos são sempre autênticos subsídios que oferecemos à história do caminho-de-ferro no nosso país e a todos, e ainda em nome dele, uma vez mais, o comboio.

Sendo assim, informamos que já se encontra disponível desde há cerca de 1 hora, o seguinte vídeo que convidamos desde já, todos a fazerem o favor de ver no canal da LUISFERTV:

A Estação da REFER de Olhão (LUISFER 069)


Luís Moreira


News Release 1732 : Despachos nºs 5182, 5183 e 5184/2010 (MOPTC)


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 17:01

O Gabinete do Secretário de Estado dos Transportes, fez publicar em Diário da República, II Série, com o nº 57, de hoje, 23 de Março, os Despacho nº 5182, 5183 e 5184/2010, que declaram de utilidade pública várias parcelas requeridas pela Metro do Porto (Despacho nº 5182) e pela REFER (Despachos nºs 5183 e 5184), respeitantes estes últimos respetivamente à Linha do Douro e Linha do Vouga.




Luís Moreira


News Release 1731 : Arranca 2ª fase da LGV Est


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 13:48

A RFF Réseau Ferré de France (o mesmo que REFER em Portugal), acaba de consignar o primeiro contrato de construção civil, relativo à 2ª fase da sua LGV Est (Paris - Strasbourg). São signatários deste primeiro contrato, um consórcio francês constituído pelas construtoras Guintioli, Maia Sonnier e NGE, que neste Verão começa a trabalhar em 16,8 km de obra, mais rigorosamente a secção entre Sarraltoff-to-Danne e Quatre-Vents, que faz parte do troço de 106 kms que falta para completar a LGV Est, ou seja, entre Baudrecourt e Vendenheim, a norte de Strasbourg.


Luís Moreira


News Release 1730 : Transmissão de 2% da Gare do Oriente aprovada hoje


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 12:51

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal de Negócios, publicada hoje na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante e da autoria da jornalista Alexandra Noronha.

Depois de alguns anos de impasse, a Parque Expo recebeu finalmente autorização do Estado para transmitir uma parte da sua participação na Gare Intermodal do Oriente (GIL) ao Metro de Lisboa e à Refer.

Depois de alguns anos de impasse, a Parque Expo recebeu finalmente autorização do Estado para transmitir uma parte da sua participação na Gare Intermodal do Oriente (GIL) ao Metro de Lisboa e à Refer.

Segundo o relatório e contas de 2009 da empresa que gere o Parque das Nações, "há a salientar a aprovação, no final de 2009, por parte da tutela, da transmissão da participação na GIL à Refer, em 1%, e ao Metropolitano de Lisboa, também em 1%, o que permitirá que a Parque Expo deixe de ter uma posição maioritária no capital da sociedade, que não se enquadra no seu 'core business'". Esta transmissão, não onerosa, vinha sendo negociada há muito tempo.



Paulo Almeida



News Release 1729 : TGV, não obrigado


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 12:19

Com cortesia, editamos na íntegra, artigo de opinião do Jornal de Negócios, publicada ontem na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante e da autoria de Luís Queirós.

A construção de uma linha férrea de alta velocidade entre Madrid e Lisboa pode fazer algum sentido para Espanha, pois ela reforça a centralidade ibérica de Madrid. Mas para Portugal não faz nenhum sentido. Não vai gerar tráfego que economicamente a justifique...
A construção de uma linha férrea de alta velocidade entre Madrid e Lisboa pode fazer algum sentido para Espanha, pois ela reforça a centralidade ibérica de Madrid
(parece evidente, mas não é assim). Mas para Portugal não faz nenhum sentido (faz sim senhor). Não vai gerar tráfego que economicamente a justifique, nem colmata a falta de uma via de escoamento das mercadorias portuguesa para a Europa (não para França e além, mas importante para o centro de Espanha/Barcelona/Valencia). Além disso, vai fazer com que mais empresas desloquem os seus escritórios centrais para Madrid. Este é um projecto espanhol, que vai ser gerido por espanhóis (errado), que terá material circulante espanhol (errado), e até o pessoal afecto à exploração será também espanhol (também errado). E suspeito que as ementas do restaurante aparecerão escritas apenas no idioma de Cervantes.

Alguns números pescados na Internet, mais precisamente de um estudo publicado no insuspeito (no comments) "site" da Rave, mostram que o tráfego total previsível entre as duas capitais andará por 1,6 milhões de passageiros/ano em 2033. E que 36% desse tráfego será, naquela data, afecto ao transporte ferroviário. O referido estudo fala, é certo, de um tráfego global de 9 milhões de passageiros. Mas estes são os números do tráfego intermédio, como, por exemplo, entre Lisboa e Vendas Novas, ou Talavera e Madrid. Ora este não é o tráfego que interessa ao TGV, e tais números só servem para criar confusão, ou tentar justificar o injustificável.

Feitas as contas, o estudo conclui que, em 2033, haverá 576.000 passageiros por ano (ou seja, 1.600 por dia) a fazer o percurso entre as duas capitais ibéricas. Não diz o estudo como foi estimada a evolução temporal deste tráfego, e estou em crer que tenha sido de forma optimista e exponencial, como de costume, para justificar o investimento. Admitamos, com benevolência, que nos primeiros anos da vida do projecto haverá 1.000 passageiros por dia, 500 em cada sentido. Isto corresponde a um comboio de 8 carruagens, com 60 passageiros cada, a fazer diariamente um percurso de ida e outro de volta.

A agravar as coisas, convém lembrar que estes passageiros serão roubados ao novo aeroporto e, uma boa parte deles, à transportadora aérea nacional, numa ligação que acredito seja de boa rentabilidade. E vamos nós, em tempo de vacas magras, construir uma linha (que ainda por cima não é dimensionada para o tráfego de mercadorias) e uma nova ponte sobre o Tejo
(necessariamente, o TGV por aí passará, mas esquece-se do novo aeroporto e do tráfego local que gera por via ferroviária (não TGV)), para transportar mil passageiros por dia?! São demasiados custos para tão fracos benefícios.

E falando de mercadorias, vem a propósito referir que, viajando pela Beira num domingo de Fevereiro passado, apenas entre as 11:00 e as 11:30 da manhã, contei eu 80 camiões TIR na A25, entre a Guarda e Vilar Formoso. E apenas no sentido da saída de Portugal.

É este o caminho natural de Portugal para Europa
(aqui, estamos de acordo, no que se refere além de Espanha). Muito do tráfego de mercadorias que utiliza esta ligação rodoviária poderia ser feito por caminho-de-ferro, com economia de meios, de pessoal, de energia e com vantagens ambientais. Mas isso não pode acontecer, porque a linha férrea acaba em Irun, na fronteira entre a Espanha e a França. A partir daí a linha francesa é mais estreita (tem a bitola europeia), e os comboios não podem ir mais além sem um inconveniente transbordo. É por essa razão que não se transportam mercadorias de Portugal para a Europa por caminho-de-ferro. E depois de construída a linha do TGV para Madrid a situação não mudará, pois a linha é só para passageiros, e o caminho por Madrid não é o que interessa ao escoamento das mercadorias portuguesas.

Negoceie-se, pois, com os espanhóis, a urgente e prioritária construção de uma linha de bitola europeia, pelo percurso da linha da Beira Alta e com seguimento por Valladolid e Burgos até à fronteira francesa. A pensar nas mercadorias, claro. Nas mercadorias que necessitamos de importar e de exportar para lá dos Pirenéus.

Com o TGV previsto para Madrid, Sócrates não ficará na história pelos bons motivos. E o direito a estátua, ou a nome de rua, talvez o ganhe em Madrid, ou Badajoz.


Nota: Entre parêntesis e a azul, comentário de Luís Moreira, da LUISFER.


Paulo Almeida



News Release 1728 : Lisboa-Madrid em Alta Velocidade nunca será rentável


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 12:07

Segundo informa hoje a Cargo Edições e com cortesia, citando, Manuel Porto considera “uma amargura” o desfecho da Alta Velocidade, que depois das cinco linhas previstas inicialmente, ficou apenas com a linha Lisboa-Madrid, que “nunca poderá ser rentável”, como mostram as contas da RAVE.

Manuel Porto, catedrático da Universidade de Coimbra e especialista em transportes, afirmou está manhã na conferência “PEC: Programa de Estabilidade ou Crescimento?”, organizado pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal (IDEFF) na Faculdade de Direito de Lisboa, que “o traçado final da Alta Velocidade não tem nada a ver com as necessidades portuguesas”.

“Dizem que as circunstâncias mudaram. Mudaram? Em 2003 não se podiam fazer contas?'”, questionou.

Comentário da LUISFER:

Sobre a amargura de Manuel Porto, verifica-se que tem razão, mas já está mal quando se apoia no que diz a RAVE, que não é de confiar. Sobre as necessidades portuguesas, também não argumenta bem, porque Lisboa - Madrid, deve fazer parte de uma rede, que já estamos fartos de dizer como é. Sobre fazer contas, isso é o que andamos a fazer há muitos, muitos, muitos anos e ainda havemos de fazer mais. Como diz o povo, quem nasce torto, tarde ou nunca, se endireita.


Luís Moreira


News Release 1727 : Aviso CP (Greve hoje)


Faro [Portugal], 23.03.2010, Semana 13, terça-feira, 11:50

Recebemos nos nossos serviços, o seguinte aviso da CP, que editamos em favor dos leitores interessados:

A CP informa que, por motivo de pré–aviso de greve, decretada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário, no período das 00:00 às 24:00 de 23 de Março de 2010, poderão ocorrer perturbações na circulação de comboios, Alfa Pendular, Intercidades, Regionais, Interregionais, urbanos de Coimbra, urbanos do Porto e urbanos de Lisboa, nomeadamente atrasos e supressões.

Comboios Urbanos de Lisboa

A CP vai disponibilizar alguns serviços rodoviários alternativos nas linhas de Sintra, Azambuja e Sado.

Comboios Urbanos do Porto

A CP vai disponibilizar alguns serviços rodoviários alternativos, nas linhas de Braga, Guimarães, Aveiro e Caíde. Os Clientes portadores de assinatura CP, podem utilizar os serviços da STCP e Metro do Porto, nos percursos compreendidos entre as zonas de:

• STCP: Valongo, Rio Tinto, Travagem, Palmilheira, Ermesinde, Contumil, Campanhã, Porto São Bento, Gaia, Coimbrões, Valadares, Francelos, S. Gemil, S. Mamede Infesta e Leça do Balio.

• Metro do Porto: Linhas A, B, C e E – Dragão «» Trindade «» Dragão e Linha D – General Torres «» Trindade «» General Torres.

Para mais informações queira consultar os nossos Serviços: Call Center 808 208 208, Gabinetes de Apoio ao Cliente, e Bilheteiras CP.

A CP agradece a compreensão dos clientes pelos incómodos causados.


Luís Moreira