Porto [Portugal], 27.10.2006, Semana 43, Sexta-Feira, 13:45 - Depois de tanto alertarmos, o Governo ouviu a LUISFER e extinguiu hoje o INTF Instituto Nacional do Transporte Ferroviário, através de Decreto-Lei, hoje publicado em Diário da República. Realmente esta notícia é verdadeira, em parte, pois o INTF foi extinto, mas não a nosso pedido.
Tudo isto se deve, à nova Lei Orgânica do MOPTC, que se regula agora, pelo Decreto-Lei nº 210/2006 de 27 de Outubro. Todas as competências do agora extinto INTF, vão passar para o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, IP. Não vamos agora dissecar sobre esta opção do Governo, mas aquando da criação do INTF, não ficamos nada surpreendidos, por ter sido também mais uma asneira do Eng. Guterres, a par da criação da RAVE, essa sim, de extrema gravidade, com as consequências que já sabemos e que como já dissemos, "condenamos" a sua existência, desde o primeiro minuto em que foi criada. Esperamos que as pessoas compreendam, esta nossa posição, pois não nos move nada contra as pessoas que estão na RAVE (lembrar, que o Presidente da REFER é também Presidente da RAVE), apenas dizemos que aquilo que faziamos se estivessemos nessa posição, era pedir a extinção imediata da RAVE e passagem automática de todas as competências, para a REFER, como realmente acontece (lembrar igualmente, que o Estado detém 60% e a REFER 40%, do capital social da RAVE) na "prática". Tudo o que pensamos sobre a RAVE, está argumentado no estudo e projecto que fizemos sobre o TGV em Portugal. Está lá tudo, é só ler e quem não está de acordo connosco, se ler, estará de certeza de acordo com o que pensamos desde sempre, quando estavam lá outras pessoas, e mesmo também outras que fossem. Infelizmente é uma questão política.
A LUISFER, irá numa próxima News Release, argumentar um pouco sobre estas competências atribuídas e agora transferidas do INTF, pois por um lado, aceitavamos com alguma dificuldade a existência do INTF, mas por outro lado e fortemente, condenamos a sobreposição de competências e trabalhos que antes eram feitos pela CP e mais tarde, também pela REFER, que lhes foram retirados, para serem produzidos pelo INTF, ora isso, não está correcto, segundo a nossa forma de pensar, e não vale a pena dizer, que o INTF é independente face aos outros, como a CP, também o podia ser, pelo facto de ser operador, como podia não ser, como realmente é, mas que não tinha necessidade nenhuma, de ver-lhe ter sido retiradas competências, que antes eram muito bem levadas a efeito pela CP.
Luís Moreira
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