12 agosto 2007

News Release 656 : SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DOS COMBOIOS EM PORTUGAL (3)




Porto [Portugal], 12.08.2007, Semana 31, Domingo, 22:47 - Nestes tempos que vão correndo, de datas memoráveis e importantes em matéria ferroviária e também a pedido, de alguns nossos amigos leitores, editaremos sempre que possível, informação e documentação qualitativa sobre os caminhos-de-ferro em Portugal, a fim de ser mais um contributo em favor dele, do comboio, que em Portugal, se confunde com a história e o desenvolvimento do nosso país nos últimos 150 anos.

Sabemos que muitos amigos da LUISFER, imprimem as News Releases que editamos neste nosso Blog Oficial e se assim o desejarem, agradecemos e recomendamos a continuação desse procedimento, a fim destes documentos servirem para leitura e consulta.

OS DEPÓSITOS DE TRACÇÃO DA CP NA DÉCADA DE 80

Como os amigos leitores sabem, o material circulante motor que equipam as redes ferroviárias, estão sempre titulados (por outras palavras, pertencem), num depósito de tracção, seja na CP, na RENFE, na SNCF, como na OSE, por exemplo. Ou seja, estes Depósitos, hoje com designações mais modernistas, por exemplo, em França, onde são intitulados como EIMT Etablissements de Maintenance du Matériel Moteur, são para muitos, um dos vectores, onde a paixão pelo comboio, mais se manifesta, pois são nestas Instalações, que as locomotivas eléctricas, também como exemplo, vivem a sua vida útil, podendo, (difícil, mas com exemplos concretos), ser num mesmo Depósito, recepcionada uma locomotiva, colocada ao serviço, ter as suas revisões e por fim, ser motivo de radiation, nesse mesmo depósito, depois de uma carreira de 30, 40, 50 ou mais anos.

Em Portugal, Depósitos míticos, são os do Entroncamento, o de Campolide, o de Contumil ou o do Barreiro, em Espanha, a RENFE, orgulha-se de nomes como Fuencarral (em Madrid) e Can Tunis (Barcelona), como Depósitos famosos, mas a nossa preferência, vai para os grandes Depósitos da SNCF, muitos deles, com fama europeia, como Avignon, Chalindrey, Perrigny (em Dijon), La Chapelle (em Paris), Blancarde (em Marseille), Nevers (excepcional no Diesel), Strasbourg, Tours, Vénissieux e Villeneuve, para abordarmos só os mais famosos, além dos Depósitos que "abrigam" os TGV's, como Sud-Est, Châtillon e Le Landy.

Mas desejamos falar dos Depósitos da CP, e então, nessa altura (cf OS 26/80), a CP, para melhor assegurar a regularidade da circulação dos comboios, entendeu constituir, em cada Região (naquela altura, existiam as Regiões Norte, Centro e Sul), Centros (perceber especialmente Depósitos) de Estacionamentos para o mesmo material motor. Cada Depósito, exprimindo assim, estava dotado com o seu quadro de pessoal, em especial, de maquinistas e pessoal da condução, titulares desses mesmos depósitos, que embora, estivessem subordinados à gestão de cada Região, estavam directamente ligados aos Chefes de Depósito de Tracção, aos Inspectores e Vigilantes de tracção, sempre em conformidade com a classificação dessas mesmas instalações.



Portanto, em Maio de 1980, eram estes os Depósitos CP existentes e a sua localização e classificação, eram as seguintes:

6 Depósitos de Tracção, ou seja, 2 na Região Norte (Contumil e Boavista), 3 na Região Centro (Campolide, Entroncamento e Coimbra-B) e faltando 1, na Região Sul, já todos percebemos, ser o Depósito do Barreiro.

Depois, numa segunda categoria, vinham os Postos de Tracção de 1ª e 2ª Classes. Na Região Norte, tinhamos 3, 1 de 1ª Classe (o de Mirandela) e de 2 de 2ª Classe, ou seja, Régua e Sernada do Vouga. Passando agora à Região Centro, havia 3 Postos de Tracção, todos de 1ª Classe e eram, Rossio e Santa Apolónia (em Lisboa), assim como Pampilhosa. Por fim, a Região Sul, contava com 2 Postos de Tracção, 1 de 1ª Classe, ou seja, Vila Real de Santo António e o outro, o de Évora, que estava classificado como de 2ª Classe.

Havia ainda uma terceira categoria, classificados como Subpostos de Tracção, e que eram 7, 4 na Região Norte e 3 na Região Sul, visto a Região Centro, não estar dotado com nenhum. Então, na Região Norte, tinham essa função de Subpostos de Tracção, Livração, Pocinho, Tua e Viana do Castelo. Já no que toca à Região Sul, eram os subpostos de Vendas Novas, Beja e Tunes.

Como os amigos leitores sabem, hoje, já não é assim, e em breve, faremos uma News Release, em que, em jeito de comparação, mostraremos a evolução que houve, passados mais de 25 anos.

Luís Moreira

# # #

««« informação aos leitores »»»
A LUISFER Estudos e Realizações Ferroviárias, é uma organização pessoal privada de Luís Moreira, que tem como objecto, efectuar estudos e realizações ferroviárias, de âmbito nacional ou internacional, sejam eles no caminho-de-ferro puro ou no modelismo à escala. A LUISFER, tem uma experiência acumulada de mais de 30 anos, pois foi fundada em 13 de Agosto de 1976 e tem a sua sede na cidade do Porto, Portugal, e é a mesma LUISFER, sócia ordinária da ADFER, da APAC e membra da CP Entusiastas e do Clube CISALPINO, assim como mantém excelentes relações com todas as organizações ferroviárias e com todos os operadores ferroviários (pax, cargo e infra), nacionais e internacionais.

Contactos
LUISFER Estudos e Realizações Ferroviárias
Departamento de Comunicação e Imagem
Porto, Portugal, Europe
Telefone: [351] 914 665 159
E-mail: luisfer.rail@yahoo.com
Web Page: http://luisfer-rail.blogspot.com

-end-

Sem comentários:

Enviar um comentário

Edite a sua mensagem, de forma moderada e não utilize linguagem imprópria ou ofensiva, porque se utilizada e dirigida a pessoas ou instituições, será logo que detectada, imediatamente apagada e não são aceites comentários de pessoas anónimas. Não forneça os seus dados pessoais como telefone ou morada.