Faro [Portugal], 19.02.2010, Semana 08, Sexta-feira, 11:41
Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal I, publicada ontem na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.
O Museu Nacional Ferroviário apresentou uma candidatura ao Turismo de Portugal para reabilitar um comboio presidencial com cinco carruagens, um projeto que custará mais de um milhão de euros e poderá integrar as comemorações do centenário da República.
Segundo o diretor, Jorge Custódio, a proposta foi feita no último trimestre do ano passado e reflete o "conceito de musealização" que a equipa pretende afirmar, baseado no restauro de composições histórias para exposição ou mesmo circulação.
"Estamos esperançados, pelo grau de desenvolvimento que a ideia tem, até porque o comboio pode ser colocado em movimento, pode servir para funções turísticas ou de representação do próprio Presidente da República", disse à Lusa.
O Turismo de Portugal ainda não aprovou a candidatura, mas a direção do museu acredita no apoio, já que a extensão das comemorações do centenário da República até 2011 permite integrar a intervenção, que durará oito meses.
Jorge Custódio admitiu que o investimento é "bastante elevado", mas sublinhou que as peças teriam de ser recuperadas "mais cedo ou mais tarde" devido ao seu "invulgar valor" patrimonial, essencial para o museu.
Além do furgão, as carruagens com o salão dos jornalistas e o salão presidencial estão em mau estado de conservação, enquanto os salões dos ministros, do chefe de Estado e restaurante variam entre um estado razoável a bom.
Tal como os restantes comboios presidenciais, que funcionaram "até há poucas décadas", a composição resulta da adaptação de um antigo comboio real, após a implantação da República.
Se o projeto avançar, as carruagens (que estão agora no museu, no Entroncamento, e em Estremoz) serão restauradas nas oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário no Porto.
A Lusa contactou o Turismo de Portugal, mas ainda não foi possível conhecer a sua resposta à candidatura.
Paulo Almeida
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