03 junho 2010

News Release 2151 : Sócrates quer empresas portuguesas no TGV marroquino


Faro [Portugal], 03.06.2010, Semana 23, quinta-feira, 16:45

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media na internet, com informação ferroviária relevante.

Fonte: Agência Financeira
Autor: Redacção
Data: Ontem

O primeiro-ministro quer que Marrocos abra o concurso para a sua linha de Alta Velocidade às empresas portuguesas. O apelo foi deixado por José Sócrates na sua visita a Marraquexe.

«Tive ocasião de assinalar ao senhor primeiro-ministro [marroquino, Abbas El Fassi ] que o sector empresarial português tem muito interesse em acompanhar o projecto de Alta Velocidade aqui em Marrocos, que está já a desenvolver-se na fase de concurso. E tenho a certeza de que a experiência portuguesa se pode somar à experiência marroquina para que esses projectos venham a ter sucesso», indicou José Sócrates na conferência de imprensa final, citado pela Lusa.

Outra das novidades anunciadas foi a criação de um fundo de investimento conjunto entre os dois países, que reunirá na próxima semana em Lisboa os ministros das Finanças dos dois países.

«Esse fundo é um instrumento novo, à altura dos tempos, e que espelha a vontade de ambas as economias quererem cooperar no desenvolvimento dos nossos dois países» anunciou José Sócrates, sem acrescentar pormenores.

Assinada, neste domínio, ficou a nova linha de crédito portuguesa de 200 milhões às importações marroquinas de bens e serviços nacionais.

No campo das energias renováveis foi estabelecido um «plano de acção» que visa, entre outros pontos, «a participação das empresas industriais portuguesas no desenvolvimento do tecnopólo de Oujda», o desenvolvimento de dois projectos-piloto comuns, um de experimentação da tecnologia smart grid, o outro que visa testar e optimizar a utilização da energia das ondas, de acordo com o texto da declaração final.

No domínio automóvel, foi criado um «comité automóvel», que se «encarregará do desenvolvimento da subcontratação entre empresários marroquinos do sector automóvel e os seus homólogos portugueses», segundo o mesmo documento. Marrocos produz anualmente cerca de 400 mil viaturas, sobretudo a Renault, precisamente a marca que trocou Portugal pelo seu vizinho do sul.

Ainda neste campo foi acordada uma parceria entre o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIA) e o Centre Tecnique des Industries des Equipements pour Véhicules (CETIEV).

No remate sobre as conclusões da cimeira, José Sócrates sublinhou «a grande vontade de cooperação económica» das partes de estender essa cooperação a «áreas novas, no domínio da energia, no domínio da economia tecnológica e digital, no domínio das escolas e das infra-estruturas, mas também uma grande ambição de criar os instrumentos financeiros para que essa cooperação económica se possa desenvolver».


Paulo Almeida



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