26 fevereiro 2010

News Release 1602 : Linha do metro de S. Mamede em túnel na Asprela


Faro [Portugal], 26.02.2010, Semana 09, sexta-feira, 16:07

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal de Notícias, publicada hoje na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

A linha do metro por S. Mamede de Infesta passará enterrada na Asprela, no Porto. A Secretaria de Estado do Ambiente concedeu parecer favorável condicionado ao projecto, mas exige que o traçado entre as estações da FEUP e do Pólo Universitário seja em túnel.

O estudo inicial previa que as composições partissem da actual estação subterrânea do Pólo Universitário, subissem à superfície para percorrer cerca de 300 metros, mergulhando novamente antes de alcançar a Rua de Roberto Frias. A segunda paragem será na nova estação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a rasgar no subsolo. A declaração de impacte ambiental favorável, concedida pela Secretaria de Estado do Ambiente e válida até 25 de Setembro de 2011, explicita que o trajecto deverá ser vencido em túnel (ver infográfico).

Submetido o estudo prévio da linha a consulta pública, a Agência Portuguesa do Ambiente recepcionou cinco exposições, destacando-se a da REFER. Nenhuma das intervenções manifestava oposição à construção da ligação de metro, mas aquela empresa pública alertou para a "necessidade de compatibilização do projecto da Linha de S. Mamede com o projecto de reactivação do serviço de passageiros na Linha de Leixões, entre Ermesinde e Leça do Balio", que se encontra em operação desde Setembro de 2009 e já está integrada no Andante.

O projecto de execução da terceira linha do metro entre Matosinhos e o Porto deverá ter em conta esta exigência. Recorde-se que, de acordo com o estudo prévio, as composições passarão em túnel por baixo da Linha de Leixões, entre a nova plataforma subterrânea do Hospital de S. João (sita a norte da Circunvalação) e a estação à superfície junto ao Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP).

Além de recomendar a revisão do desenho do viaduto de S. Mamede que atravessará o caminho agrícola em Viela de Moalde de Baixo para que essa via permaneça transitável e os pilares não assentem no leito nem nas margens da linha de água existente, a declaração de impacte ambiental aponta para a necessidade de implementação de medidas de minimização dos transtornos, sobretudo na fase de construção. Devem garantir-se todas as condições de acesso à Urgência do S. João, no Porto; a monitorização da estabilidade da igreja paroquial de S. Mamede (uma das estações ficará sob o templo); e evitar a instalação de estaleiros junto da praia de Matosinhos.

A linha por S. Mamede ligará a praia de Matosinhos ao Pólo Universitário no Porto. Aproveita parte do corredor da actual Linha Azul, propondo-se a construção de dez estações novas que distam, em média, 800 metros entre si, e liga-se à Linha Amarela na estação do Pólo Universitário. A velocidade máxima de circulação à superfície não ultrapassará os 50 quilómetros por hora, enquanto nos troços no subsolo poderá atingir 80 quilómetros por hora. A velocidade média rondará os 25 a 30 quilómetros por hora.



Paulo Almeida


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