
Faro [Portugal], 17.03.2010, Semana 12, quarta-feira, 14:44
Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Diário Económico, publicada ontem na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante e da autoria do jornalista Nuno Miguel Silva.
O sector ferroviário é a principal novidade no capítulo das privatizações apresentado hoje pelo PEC – Plano de Estabilidade e Crescimento.
O documento do Governo prevê a privatização de duas empresas participadas da Brisa, a EMEF e a CP Carga.
Está também prevista a concessão de linhas actualmente exploradas pela CP, empresa pública responsável pela gestão do transporte ferroviário em Portugal.
O actual ministro das Obras Públicas admitiu recentemente numa entrevista ao "Expresso" desmembrar e privatizar a CP. Esta medida do Governo deverá suscitar forte oposição por parte dos sindicatos do sector.
A CP Carga derivou de uma unidade de negócios da CP e transformou-se numa empresa participada do grupo presidido por Francisco Cardoso dos Reis, especializado no segmento de mercadorias.
Desde 1 de Janeiro de 2009, a CP Carga está a viver em sistema liberalizado, sofrendo a concorrência de operadores privados, designadamente da Takargo, do grupo Mota-Engil.
A EMEF é a empresa do grupo CP responsável pela manutenção da frota e pela construção de vagões e está a iniciar um processo de internacionalização, depois de uma operação bem sucedida na Bósnia.
A concessão de linhas da CP deverá incidir nos serviços urbanos e de longo curso. Diversos especialistas consideram que as linhas suburbanas de Lisboa (Cascais e Sintra, por exemplo) e do Porto, assim como os serviços Alfa e Intercidades são os mais rentáveis da CP e, portanto, os que despertam mais apetite junto dos potenciais interessados privados.
A alteração dos estatutos da CP, ocorrida em 2009, veio abrir espaço a estas privatizações e concessões, como o Diário Económico anunciou em primeira mão.

Paulo Almeida


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