17 março 2010

News Release 1702 : PEC e CP


Faro [Portugal], 17.03.2010, Semana 12, quarta-feira, 15:14

Desde há algum tempo, que por força da complicada situação financeira que o país vive e com apresentação do PEC 2010-2013, que a LUISFER vinha pensando que o governo iria tocar naquilo que não deve tocar.

Agora, que estamos numa situação de aperto, afigura-se como fundamental ir buscar receitas, de forma célere e com respectivas mais-valias a nível de outros interesses, desvalorizando o papel fundamental que os estados europeus devem ter - não estamos na terra do tio Sam -, em relação às empresas aéreas de bandeira, vulgo no nosso país a TAP, e as empresas ferroviárias estatais, como a nossa CP. Só que as pessoas esquecem-se que não se trata de alienar, aquilo que é de todos nós, passando depois esses mesmos activos a nível de património de identidade nacional, para mãos menos recomendadas.

Certamente, os leitores, podem pensar que perante esta nossa argumentação, estamos fechados à modernização (não), e á liberalização (sim), revelando tiques próprios da esquerda comunista e sindicalista. Não, antes pelo contrário, nunca os aceitamos nem aceitamos nas suas lutas mais ou menos mal amanhadas, mas defendemos sempre e sempre assim pensamos, que a TAP não deve ser privatizada, pois não nos esquecemos dos esquemas liberais de privatização que a Europa nos vai obrigando a fazer no sector dos transportes, com as consequências que daí aconteceram num passado muito recente, como por exemplo, não nos esquecemos da morte da Sabena, uma bandeira da Bélgica, como da quase morte da TAP, quando associada à defunta Swissair, ressucitada mais tarde e de um dia para o outro como Swiss Air International.

Conhecemos o sector dos transportes (marítimo e rodoviário) muito bem, assim como a nível aéreo também há muitos anos, mas a nossa especialidade é a área ferroviária, onde estamos há 33 anos. A CP, segundo o que o PEC anuncia, está nos planos do governo, para ser motivo de partições, o problema não é de alienar esta parte (EMEF), ou esta linha (CP Longo Curso/Urbanos), ou este ou aquele nicho potencial, não, o problema é que quem tem a faca (governo), não sabe cortar pão, por isso, não é de fiar que o bolo seja bem cortado a fim de defender as crianças, pois será certamente mal divido, perante gulosos mal afamados e adultos.

Por isso, certamente como muitos de certeza não vão perceber por agora porque ainda não chegou o tempo, dizemos agora num discurso mais singular à CP, que ela espere um pouco mais por mim, embora já esteja preparado há muito tempo, para fazer aquilo que quero fazer, e depois perceberá a mesma CP, que não podia encontrar melhor aliado, porque sempre fiel naquilo que a CP tem que ter sempre no nosso país, embora hoje, tenhamos um mercado aberto e desonesto de capitais, de interesses e de afirmação a qualquer custo, sujeito a interesses nada ligados à área ferroviária e tendo este negócio como complementar à sua principal actividade. Sei, que a CP comigo, nunca me verá, como se fosse outro, porque interesses diferentes mas iguais.

A terminar e aproveitando a edição desta News Release, podemos acrescentar que além de outros vídeos que estamos a preparar para editar na nossa LUISFERTV, de promoção à CP e às suas ofertas, tinhamos também o propósito de fazer e vamos fazer, um outro sobre esta matéria agora conhecida e revelada pelo governo através do seu PEC 2010-2013, pelo que esta News Release, antecipa um pouco aquilo que iremos dizer.


Luís Moreira


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