28 março 2010

News Release 1760 : Bloco opõe-se à privatização do serviço ferroviário nacional


Faro [Portugal], 28.03.2010, Semana 13, domingo, 21:06

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal Torrejano, publicada anteontem na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante e da autoria do jornalista Élio Batista.

O Bloco que Esquerda não está satisfeito com a política de privatizações prevista no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) na área dos caminhos-de-ferro. E por que subsistem algumas dúvidas sobre o que está previsto, o Bloco questionou já o ministro das Obras Públicas sobre quais são as verdadeiras intenções do Governo em relação ao futuro da CP, EMEF, concessão das linhas ferroviárias, investimentos que serão feitos na rede de ferrovia, bem como se existe alguma estratégia pública para o sector.

Todas estas questões foram abordadas na passada segunda-feira, dia 22, no Entroncamento, junto a uma das portas das oficinas da EMEF, onde uma comitiva tentou sensibilizar os trabalhadores para os efeitos negativos da privatização dos serviços. A liderar os trabalhos esteve José Gusmão, deputado à Assembleia da República eleito por Santarém, que explicou as razões pelas quais o Bloco defende o inverso do que está a ser planead ”Pensamos que a política de privatização da CP e da EMEF é profundamente errada e a experiência internacional diz que a privatização dos caminhos-de-ferro leva à degradação do serviço e, consequentemente, à falta de segurança”, alertou.


 

A possibilidade de o Governo concessionar algumas linhas a empresas privadas causa também alguma apreensão no seio do partid ”Sabemos que há linhas que serão sempre deficitárias porque têm como objectivo servir populações do interior, mas poderão ser viabilizadas por outros serviços da CP mais rentáveis”.

Gusmão defendeu ainda que a estratégia de privatização prevista no PEC acabará com a lógica de serviço público e subverterá o princípio estratégico deste transporte na política de mobilidade e coesão social. O deputado defendeu ainda que a ferrovia é um transporte de futuro, por motivos ambientais e económicos: ”É por isso importante valorizar e expandir a rede através da requalificação de muitas linhas degradadas. A política que se devia estar a seguir é a de mais investimento público na ferrovia, oposta à que agora se propõe”, concluiu.


Créditos: Pela foto, agradecimento ao JT.


Paulo Almeida



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