28 março 2010

News Release 1764 : Movimento Cívico defende reactivação do caminho-de-ferro


Faro [Portugal], 28.03.2010, Semana 13, domingo, 21:16

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal A Guarda, publicada na passada quinta-feira na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

O Movimento Cívico Colectivo Caminho-de-Ferro quer ser parte activa num acordo político para a reactivação do troço espanhol da linha do caminho-de-ferro até Barca D‘Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. O seu porta-voz, o espanhol José Andrés Herrero, afirmou recentemente que «uma parte da linha depende do Ministério do Fomento, dirigido pelo Partido Socialista, e a outra parte da Deputação de Salamanca, nas mãos do Partido Popular», pelo que, «de uma vez por todas», o Colectivo vai propor que «se ponham de acordo». No ano em que se celebram os 25 anos do encerramento da via férrea “La Fuente de San Esteban - Barca D`Alva”, este Colectivo, que sempre defendeu o troço da linha como «um recurso patrimonial único e uma oportunidade de gerar riqueza para as populações de fronteira», decidiu agora «enterrar as vontades institucionais» e a sua forma de «luta exclusivamente cultural», disse José Andrés Herrero. «O Colectivo cumpriu um ciclo dando a conhecer a importância deste património - catalogado em Espanha como Bem de Interesse Cultural (BIC), na categoria de Monumento, desde 2000 -, e em que se ajudou a criar uma associação composta pelos Municípios interessados na via», mas que «nunca chegou a funcionar», explicou. Aquele Movimento Cívico foi constituído em 2004 por professores do Instituto de Ensino Secundário “Tierras de Abadengo”, de Lumbrales (Salamanca), para se opor a uma proposta de Via Verde para aquele troço, que nunca veio a acontecer. A Linha do Douro, idealizada há mais de 100 anos para ligar o Porto a Salamanca, é caracterizada, nos 17 quilómetros que separam a fronteira (Barca D‘Alva) à localidade vizinha de “La Fregeneda”, pelos seus 20 túneis e 13 pontes, construídos nos finais do século XIX, na maioria por portugueses, 400 dos quais morreram durante os trabalhos. «Aprendemos a valorizar apaixonadamente esta obra única na Península Ibérica, que representa o fim de um método construtivo em ferro - igual ao da torre Eiffel - e que foi ultrapassado pelo aparecimento do betão armado», sublinhou aquele dirigente.


Paulo Almeida



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