13 abril 2010

News Release 1870 : Obras do metro ficam concluídas em Outubro


Faro [Portugal], 13.04.2010, Semana 16, terça-feira, 13:40

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal de Notícias, publicada hoje na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

Se as catenárias estivessem electrificadas, as composições do metro já poderiam circular em alguns troços dos sete quilómetros da linha entre Porto e Gondomar. Hoje, mais de 60% da obra está concretizada e faltam seis meses para ficar totalmente concluída.

A expectativa da Empresa da Metro é ter os sete quilómetros de linha entre o Estádio do Dragão e Fânzeres finalizados em Outubro para iniciar as viagens experimentais sem passageiros. Os clientes embarcarão nas futuras 10 estações da rede no último trimestre deste ano.

A viagem entre Fânzeres e o centro do Porto (Trindade) demorará 26 minutos e custará 1,20 euros (título Z3). Os utilizadores frequentes que optarem pelo passe mensal terão de desembolsar 37,25 euros. A deslocação de Fânzeres ao Estádio do Dragão e a Rio Tinto será mais curta, cumprindo-se em 18 e nove minutos, respectivamente. Entre Rio Tinto e a Trindade, os utentes pagarão 1,20 euros pelo título ocasional e 30,35 euros pela assinatura mensal num percurso de 17 minutos.

Mas antes há que concluir a intervenção iniciada em Março de 2009. Volvido mais de um ano de obras, muitos operários ocupam-se dos arranjos urbanísticos envolventes ao canal do metro. Na plataforma de Fânzeres já foi colocado o abrigo para os utentes e está a ser construído um dos quatro parques de estacionamento gratuitos. Este terá capacidade para 211 viaturas (o da estação da Venda Nova oferecerá 69 espaços, enquanto os aparcamentos junto aos cais de Baguim e da Lourinha possuirão 90 lugares cada). Por ali, os trabalhadores aproveitam o sol para construir os passeios e rasgar as duas vias em cada sentido de uma nova avenida. Estende-se ao longo de três quilómetros, cruzando a Rua de Repelão e a EN15 para desembocar junto à Escola EB2,3 de Rio Tinto nº2. O metro segue ao centro.

Com grande parte do traçado à superfície, o projectista Bernardo Távora decidiu que as composições deslizarão sobre um tapete de relva. Só na zona das estações, nos trajectos enterrados e nos cruzamentos com outras ruas circularão sobre o granito. Na maioria das intercepções com a rede viária, o consórcio construtor abrirá rotundas. A maior ficará na Avenida de Dr. Domingos Gonçalves de Sá. Próximo do estádio do Sport Clube de Rio Tinto, o metro passará por baixo de um novo arruamento na passagem desnivelada já construída com 130 metros de extensão, parando pouco depois na estação de Baguim.

No trajecto até à fronteira do Porto, os operários erguem mais três estações à superfície. O metro só enterra depois da plataforma da Levada, que servirá o Parque Nascente. O túnel com 950 metros de extensão, que começou a ser construído em Junho, está a ser rasgado noite e dia. Houve direito a três interrupções: a 4 de Dezembro, dia de Santa Bárbara por devoção dos mineiros, no Natal e no Ano Novo. De momento, uma centena de pessoas trabalha a 26 metros de profundidade.

Faltam escavar 25 metros e a azáfama é grande debaixo da terra. Paulo Ferreira, engenheiro da Metro responsável pela construção da linha, garante que a escavação ficará concluída depois de amanhã e, no final de Junho, estarão colocados os carris. Até lá, muitos trabalhadores cuidam do revestimento final em betão da abóbada do túnel com maior diâmetro da rede. Possui 8,30 metros de diâmetro. Antes de despejar o betão, tiveram de isolá-lo da água com uma película amarela e rendilhar o esqueleto em aço.

A primeira estação após o túnel é a de Nau Vitória. Fica semi-enterrada com paredes, mas sem tecto. Os abrigos para os utentes serão iguais aos das plataformas à superfície. A partir da boca do túnel, as máquinas abriram a nova avenida de Contumil, onde surgirá a estação Nicolau Nasoni. Termina numa rotunda com acesso à Rua de Avelino Ribeiro. Paulo Ferreira lembra o "estudo municipal" (não será executado agora), que prevê a construção de um viaduto a sobrevoar as linhas do metro e da CP, ligando a Rua de Avelino Ribeiro à Alameda de Cartes.



Paulo Almeida



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