10 fevereiro 2010

News Release 1516 : Estação de São João da Madeira


Faro [Portugal], 10.02.2010, Semana 07, Quarta-feira, 18:29

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal O Regional, publicada hoje na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

A inspiração surge-lhe normalmente quando vai na rua. Construiu a estação dos comboios de S. João da Madeira com pequenos restos de madeira contraplacada e prepara-se para criar a miniatura da sua própria casa. É sanjoanense e já tem quem queira expor a sua obra à cidade.

O gosto pela arte sempre lhe correu nas veias, mas nunca quis fazer dela profissão, pois tem a noção de que o mesmo é difícil em Portugal. Mesmo assim, não desistiu do sonho de criar e ser original.


Criou a estação dos Comboios de S. João da Madeira e muitos outros trabalhos feitos de pedaços de Madeira estão já pensados. A imaginação não tem limites para este artesão de S. João da Madeira, que trabalhou mais de 30 anos na empresa Arsol.

Rodrigo Manuel Teixeira constrói “o que lhe vem à cabeça” com pedaços de madeira contraplacado. Imaginação parece não faltar a este sanjoanense de 60 anos, mas confessa que a criação de casas é a sua preferida. Diz que a inspiração surge-lhe normalmente quando vai na rua ou está parado em casa.

Rodrigo Teixeira diz que agora é que se dedica mais a este “gosto especial”, pois trabalhou 31 anos na empresa Arsol, em S. João da Madeira, e nessa altura o tempo não era muito.

Na sua pequena “oficina”, está a estação de comboios de S. João da Madeira, prontinha para ser pintada com verniz incolor, por um carpinteiro seu amigo. “Está pronta, mas ainda vai ficar mais bonita”, referiu.
A peça já lhe valeu a simpatia de um comerciante de S. João da Madeira, que a quer expor na montra da sua loja. O artesão não descura um único pormenor e, para isso, passou “horas, dias sem fim, a olhar e observar a estação”, que tem mais de 100 anos.


Na sala de construção, encontramos alguns restos de madeira e a ferramenta que utiliza, que diz não ser muita, nomeando “um esquadro, régua, lixa, navalha e cola de carpinteiro”.

Rodrigo Teixeira conta que, antes de concluir esta miniatura, destruiu duas, porque “achava que faltava qualquer coisa e, como não gostava delas, acabou por as destruir”.

A idade avançada e a falta de visão já não lhe permite ter a destreza de outrora, mas prometeu comprar mais umas “madeirazinhas” para construir a miniatura da sua casa, na rua de Cucujães.

Rodrigo confessa que nunca irá vender nenhuma peça, mas também não se importava se ninguém a comprasse. “As peças acabam por ser meus filhos. Passo muitas horas à volta delas até estarem concluídas. Coloco muito amor, carinho e dedicação na obra. Por isso, iria custar-me muito ter que me desfazer de alguma”, explica.


Créditos: Pela foto, agradecimento ao Jornal O Regional.


Paulo Almeida


Sem comentários:

Enviar um comentário

Edite a sua mensagem, de forma moderada e não utilize linguagem imprópria ou ofensiva, porque se utilizada e dirigida a pessoas ou instituições, será logo que detectada, imediatamente apagada e não são aceites comentários de pessoas anónimas. Não forneça os seus dados pessoais como telefone ou morada.