10 fevereiro 2010

News Release 1517 : Uma nova estação


Faro [Portugal], 10.02.2010, Semana 07, Quarta-feira, 18:40

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Notícias da Covilhã, publicada no passado dia 6 na sua página electrónica, com informação ferroviária relevante.

Chamam-lhe, os belmontenses, a Estação. Devido a ali existir a estação de caminhos-de-ferro. Mas Belmonte-Gare, assim se designa, foi, em tempos, bem mais que um local de chegada e partida, com vida, tascas e pessoas. Hoje, quem andar pela zona mais antiga desta anexa da vila dá de caras com muitas casas abandonadas. Porém, do lado de lá da linha, Belmonte Gare está a ganhar uma nova vida, com a construção de diversos focos habitacionais.

Este aglomerado está em renovação. Desde logo, devido às obras da Linha da Beira Baixa, que estão a deixar toda aquela envolvente com figura de novidade. A própria estação está a ser remodelada. Já há novos passeios e apeadeiros para passageiros, e a povoação espera que depois desta remodelação não sejam apenas as automotoras que fazem a ligação à Guarda a passarem, mas sim comboios, como em outros tempos.



Mas Belmonte Gare está diferente. Se no núcleo mais antigo há casas fechadas, abandonadas, existindo apenas uma padaria, a zona nova está a crescer. Há casas geminadas, moradias isoladas, moradias em construção, o que contrasta com a zona mais antiga onde a escola primária fechou há vários anos, onde a única empresa de mármores está de saída para o Parque Empresarial, bem ali ao lado. Que não é alheio à mudança que se verificou por estas bandas. Ali surgiram algumas pequenas empresas, até um lagar abriu este ano o que deu mais vida à anexa nos meses do final do ano.

“Decidir construir aqui em baixo porque sempre se consegue um lote mais barato que lá em cima na vila” explica-nos um dos jovens moradores dali. “Estamos a dois passos de Belmonte e aqui há tranquilidade” afirma outro. Pelas ruas, os mais velhos apenas lamentam que a prometida capela não tenha sido construída. “A Junta disse, há já não sei quantos anos, que a ia fazer, mas nada” lamenta uma idosa com quem o NC consegue falar. Que prefere o anonimato. “Não quero que me andem a chatear porque fiz uma crítica” explica.


Créditos: Pela foto, agradecimento ao Jornal Notícias da Covilhã.


Paulo Almeida


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