02 maio 2010

News Release 1965 : Utentes da Linha do Alentejo querem impedir suspensão


Faro [Portugal], 02.05.2010, Semana 18, domingo, 12:25

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Correio do Alentejo, publicada no passado dia 29 de Abril na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

A comissão de utentes dos Comboios Intercidades da Linha do Alentejo entregou quarta-feira, 28, no Parlamento, uma petição a solicitar a intervenção dos deputados para que não seja suspensa, a partir de maio, a circulação de comboios na zona.

Em declarações à Agência Lusa, o porta-voz da comissão de utentes explicou que a petição, com cerca de 2.500 assinaturas, foi entregue na Assembleia da República "com o compromisso de se conseguir as restantes 1 500 até final deste mês".

"Quisemos entregar a petição antes do encerramento da linha, para que se tomem as devidas diligências", justificou João Fialho.

A circulação ferroviária na Linha do Alentejo, no troço Bombel, Vidigal, Casa Branca e Évora, vai ser suspensa a partir de segunda feira, com a duração de um ano, devido à segunda fase das obras de modernização da linha, confirmou hoje à Lusa uma fonte da CP.

A mesma fonte garantiu que os comboios na linha do Alentejo vão ser substituídos por um serviço rodoviário.

Também a Refer confirmou o encerramento daquele troço, alegando ser necessário garantir as condições requeridas para a correta execução dos trabalhos de tratamento da plataforma, contemplados nas intervenções a concretizar quer nas respectivas estações, quer nos cerca de 32 quilómetros de plena via.

A obra prevê a electrificação do troço, renovação das vias, beneficiação de estações e construção de passagens desniveladas, num investimento superior a 48 milhões de euros.

"A questão mais problemática neste instante prende-se com a CP e os transportes alternativos. Estamos a dias do encerramento e não há transportes alternativos definidos", disse o porta-voz da comissão de utentes.

João Fialho explicou que a CP chegou a apresentar à comissão de utentes e às câmaras de Évora, Vendas Novas e Beja uma proposta de transporte alternativo, que não servia os interesses dos utilizadores.

"O comboio pára nas estações de Évora, Casa Branca, Vendas Novas, Pinhal Novo, Pragal e Lisboa e a proposta da CP incluía apenas paragens do autocarro em Évora, Vendas Novas e Lisboa, deixando de fora o Pinhal Novo, que é bastante importante para os utilizadores diários", explicou.

Em alternativa, acrescentou, a comissão de utentes e as autarquias alentejanas defenderam a reabertura de uma das estações intermédias, como é o caso da de Bombel, o que a CP recusou.


Paulo Almeida



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