05 abril 2010

News Release 1819 : Estação pode ser novo centro de artes de Mirandela


Faro [Portugal], 05.04.2010, Semana 15, segunda-feira, 17:26

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do portal Diário Digital, publicada anteontem na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

A centenária estação de Mirandela da Linha do Tua, votada ao abandono há mais de duas décadas, poderá encher-se novamente de vida, transformando-se num centro de artes, cultura, lazer e de memória do caminho de ferro.

A Câmara local tem pronto o projeto da autoria do arquiteto Belém Lima, e o modelo de financiamento dos onze milhões de euros necessários para dar novo uso à estação de comboio com uma dinâmica cultural que passa por um centro de artes, escola de música e espaço museológico.

«Como temos uma escola de música e tradição nas artes em Mirandela, porque não transformar aquele edifício numa escola das artes as condições que o Ministério da Educação exige», disse este sábado o autarca local, José Silvano. De acordo com Silvano, já foi constituída uma parceria público privada entre a autarquia e várias empresas para a execução do projeto que aguarda apenas luz verde da proprietária do edifício, a Refer.

A estação que deu nome à alheira de Mirandela esteve para ser arrasada e, no seu lugar, crescer um loteamento de prédios com cinco andares, que não vingou, mas ditou o início de um processo de abandono e degradação.

O edifício é dos mais imponentes e emblemáticos do património ferroviário da linha do Tua, no Nordeste Transmontano, e embora não seja classificado, tem um valor simbólico. A ele se deve o facto de a alheira de Mirandela ter sobressaído entre os enchidos congéneres que há séculos se produzem em toda a região e que mesmo chegando de outros pontos eram despachadas naquela estação e chegavam ao litoral com o carimbo «Mirandela».

«É uma tristeza saber que um edifício do Estado, neste caso da Refer, esteja nesse estado de abandono», refere o autarca de Mirandela, realçando que «o abandono nesta estação é mais evidente, porque ainda passa ali o comboio, tem uma dimensão diferente e está numa cidade». O ar fantasmagórico dos vidros partidos e madeiras consumidas pelo tempo destoa da arrumação da «cidade-jardim».



Paulo Almeida



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