Faro [Portugal], 15.05.2010, Semana 20, sábado, 14:32
Com cortesia, editamos na íntegra, notícia dos media, com informação ferroviária relevante.
Fonte: Público
Autor: Carlos Cipriano
Data: Ontem
O maior concurso público de sempre para comprar novos comboios para a CP não resistiu à contenção da despesa pública.
A empresa tinha previsto adquirir 74 unidades, das quais 49 eram eléctricas e 25 a diesel. Estas últimas - para as quais afinal não há dinheiro - destinavam-se ao serviço regional, onde circulam os comboios mais velhos e onde o serviço é mais deficitário. O concurso público - ao qual concorrem a Alstom, Bombardier, CAF e Siemens - está a decorrer, mas, tal como os restantes investimentos na ferrovia, foi alvo de uma avaliação por parte do Ministério das Obras Públicas e Transportes, que terá conduzido a esta solução.
Esta teve em conta o facto de a CP já ter "remediado" a situação com o aluguer de 17 automotoras espanholas, a diesel, destinadas às linhas do Douro e do Minho, um negócio que prevê o pagamento de 5,35 milhões de euros por ano à sua congénere Renfe. Das restantes 49 unidades eléctricas (que se destinam ao serviço suburbano) 36 deverão ser afectas à Linha de Cascais, mas poderão ainda cair algumas composições, nomeadamente as que se destinariam ao Grande Porto.
No estado actual do concurso, a espanhola CAF tinha a proposta mais barata (319 milhões de euros), seguida da Siemens (439 milhões) e da Bombardier (457 milhões). A Alstom só concorre ao material eléctrico e apresentou um preço de 239 milhões de euros, posicionando-se assim em segundo lugar nesta componente do concurso, liderada pela CAF com a proposta de 179 milhões. O PÚBLICO contactou o ministério mas ontem não foi possível obter uma resposta.
Paulo Almeida
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