02 abril 2010

News Release 1805 : Freguesia de Alcântara deve ser requalificada após obras da REFER


Faro [Portugal], 02.04.2010, Semana 14, sexta-feira, 22:18

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal Sol, publicada ontem na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

A declaração de impacte ambiente favorável condicionada, emitida pela secretaria de Estado do Ambiente, à ligação desnivelada da Linha de Cascais à Linha de Cintura, integrada no alargamento do terminal de Alcântara, implicará a demolição de vários edifícios de habitação e serviços, que poderão incluir os antigos armazéns da Doca de Santo Amaro, de acordo com um documento a que a Lusa teve acesso.

«É um ponto a que estaremos especialmente atentos. Já temos a ponte por cima, depois temos o comboio da margem Sul, já temos aqui muitas zonas complicadas e acessibilidades difíceis para os residentes e tem de haver aqui uma oportunidade de requalificação da freguesia e revisão das suas acessibilidades», disse à Lusa Isabel Faria.

A autarca afirmou que soube há uma semana que, das quatro alternativas apresentadas pela REFER - Rede Ferroviária Nacional - no estudo de impacto ambiental, a Agência Portuguesa do Ambiente escolheu a que tinha parecido mais plausível à junta.

«O projeto aprovado é praticamente todo do lado da freguesia de Alcântara, por causa da dificuldade em atravessar o caneiro», disse, salientando que a aprovação foi condicionada à variante «em que o comboio vai por baixo de terra na avenida de Ceuta» e que, já à superfície, «quase que atravessa a avenida de Ceuta em paralelo com o comboio da ponte».

Isabel Faria afirmou que agora há ainda pela frente «um longo período de estudos sobre como executar a obra e o seu faseamento, que terão de ser aprovados».

«A questão tem criado expetativa e ansiedade nas pessoas, mas vamos prestando a informação que for possível», disse, realçando que o período de obras será «necessariamente muito complicado para os residentes».

Quanto ao destino de estabelecimentos comerciais na zona, incluindo os restaurantes e bares das Docas, Isabel Faria realçou que a solução «está a ser acautelada com os próprios comerciantes».

«Tudo depende do projeto que for elaborado, mas que há a intenção de encontrar situações provisórias em relação aos restaurantes das Docas, para depois serem repostos», contou.

Segundo a declaração de impacte ambiental (DIA) «favorável condicionada» emitida pela Secretaria de Estado do Ambiente ao projeto da ligação desnivelada, o plano de minimização e/ou compensação das demolições a efetuar deverá «apresentar alternativas que evitem a demolição» dos antigos armazéns.

No entanto, refere o documento, a que a Lusa teve acesso, «caso tal não seja possível, a inevitabilidade desta demolição deverá ser justificada».



Paulo Almeida



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