15 abril 2010

News Release 1883 : Linha do Tua a Património Nacional


Faro [Portugal], 15.04.2010, Semana 16, quinta-feira, 16:50

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal Nordeste, publicada anteontem na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

Um grupo de cidadãos do meio cultural, artístico, académico, científico, ambientalista e político, defende a classificação da Linha do Tua como Património de Interesse Nacional. Neste sentido, foi entregue, no Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), o requerimento inicial com vista à abertura do processo de classificação da Linha Ferroviária do Tua como Património de Interesse Nacional, sustentado na Lei nº 107/2001de 8 de Setembro (Lei de Bases do Património Cultural).

Segundo os requerentes, a Linha do Tua merece essa classificação, não só por ser uma obra-prima da engenharia portuguesa, constituindo-se como um exemplar único do património ferroviário e industrial do nosso país, mas também devido à sua relevância histórica. Estes cidadãos consideram, ainda, que este património ostenta um elevado potencial para o desenvolvimento turístico da região.
A Linha do Tua foi inaugurada a 27 de Outubro de 1887, entre o Tua e Mirandela, com a locomotiva Trás-os-Montes. A 1 de Dezembro de 1906, o comboio chegou a Bragança.


Esta obra de engenharia percorre 133,8 quilómetros, do Tua a Bragança mas, actualmente, só funcionam 16 quilómetros, do Cachão a Carvalhais. O último troço a ser encerrado foi entre o Tua e o Cachão, depois do acidente ocorrido em Abrunhosa, a 22 de Agosto de 2008, do qual resultou um morto.

Entretanto, a EDP anunciou que não apresentará qualquer proposta de alternativa ferroviária ao troço da linha do Tua que ficará inundado com a construção da barragem de Foz--Tua. As alternativas vão passar pelos transportes fluviais (para o turismo) e rodoviários (mobilidade quotidiana), refere o JN.

Recorde-se que esta solução põe em causa o estudo de alternativas de transporte às populações servidas pela linha do Tua, imposto pela Declaração de Impacto Ambiental. Isto porque uma das imposições inclui a alternativa ferroviária, que a EDP afastou de imediato pela relação custo/benefício.

Na solução para a mobilidade quotidiana, em consulta até 19 de Abril, a EDP propõe a combinação do serviço de transporte ferroviário entre Mirandela e Brunheda, com um serviço assente na rodovia e na utilização de autocarros entre Brunheda e o Tua.


Paulo Almeida



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