22 abril 2010

News Release 1924 : Tua pelo olhar de Leonel de Castro e Jorge Laiginhas


Faro [Portugal], 22.04.2010, Semana 17, quinta-feira, 13:01

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do Jornal de Notícias, publicada hoje na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

A agonia lenta da linha do Tua está retratada num livro que reúne quase uma centena de fotografias em que o "preto e branco" reflecte a tristeza e clama esperança para a vida que se esvazia no Nordeste transmontano.

O livro é apresentado hoje, às 18.30 horas, na Livraria Leitura do Bom Sucesso, no Porto, e ostenta na capa o mesmo título e a mesma imagem do documentário "Pare, escute e olhe", de Jorge Pelicano, com a placa que chama a atenção para os comboios submersa, numa alusão à barragem que ameaça acabar com a linha. Os autores de ambos os trabalhos cruzaram-se no terreno e caminharam e trabalharam em conjunto a mesma temática, embora com abordagens e suportes diferentes, como contou, à Lusa, Jorge Laiginhas, autor dos textos do livro, com fotografias de Leonel de Castro.

Preto e branco simbólico

Os dois conheceram-se no "Jornal de Notícias", onde Jorge é cronista e Leonel é fotojornalista, e descobriram ter em comum a "paixão" pela linha do Tua, que ambos conhecem pelas raízes em aldeias cuja vida sempre girou em volta do comboio.

Jorge e Leonel fizeram, a pé, o percurso da linha, numa caminhada que demorou um ano e meio e que registou a "tristeza" que trespassa o vale do Tua com o abandono das aldeias onde há muito já não se ouve um dos últimos sinais de vida: o apito do comboio.

Os autores encontraram no preto e branco o simbolismo da realidade retratada, desde "o belo- horrível" da assombrosa paisagem à solidão dos idosos que encontravam nestas viagens a companhia que lhes falta nas desertificadas aldeias.



Paulo Almeida



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