22 abril 2010

News Release 1931 : Foram identificados suspeitos de furto de 60 toneladas de ferro (REFER)


Faro [Portugal], 22.04.2010, Semana 17, quinta-feira, 21:35

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Diário de Coimbra, publicada hoje na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante e da autoria de Margarida Alvarinhas.

A GNR de Coimbra anunciou ontem a detenção de dois indivíduos suspeitos do furto de mais de 60 toneladas de ferro da linha da Lousã. Ao que o Diário de Coimbra apurou, o material ferroso foi descoberto em sucateiras na localidade de Risca Silva, no concelho de Vila Nova de Poiares.
A operação, que culminou na identificação de dois indivíduos caucasianos, desenrolou-se em duas fases. Primeiramente, numa operação desencadeada ao princípio da manhã de segunda-feira, os militares da GNR descobriram 52.110 quilogramas de ferro numa sucateira de Poiares e detiveram um imigrante de 35 anos. Ainda nesse mesmo dia, mas à noite, a GNR viria a encontrar mais 8.110 quilos de ferro «em local diferente, mas na mesma localidade», em Risca Silva, refere fonte da GNR, informando ainda que nesta segunda operação foi identificado um outro imigrante, também caucasiano, de 40 anos, por suspeita de co-autoria no furto.


Contactada, a REFER, dona da linha, esclarece que o material foi roubado durante o fim-de-semana «tendo sido forçada a vedação do estaleiro e destruído o cadeado». Ainda segundo a mesma fonte, «foram furtadas diversas peças metálicas provenientes da desmontagem da via antiga e também carril». A situação motivou a participação à GNR.

O ferro roubado estava, ao que o Diário de Coimbra apurou, armazenado num estaleiro localizado na zona de Carvalhosas e o seu destino seria, à partida, o Entroncamento, para onde, de resto, está a ser encaminhado todo o material retirado da linha onde vai nascer o metro, que depois é triado ou vendido em lotes.

Apesar deste tipo de furtos ser o “prato do dia” nas linhas da REFER, a verdade é que desta vez a quantidade – mais de 60 toneladas – é muito superior ao normal e seria necessária uma grande operação de roubo. A título de exemplo, refira-se que os carris são cortados em “barras” de 18 metros e cada metro pesa 54 quilogramas.

Neste momento, e segundo fonte da GNR, prosseguem as investigações no sentido de saber se há mais material furtado e mais pessoas envolvidas. Ao mesmo tempo a GNR investiga se houve crime de receptação dos materiais furtados, neste caso por parte das sucateiras.

A REFER esclarece que nesta, como em todas as suas obras, o procedimento normal relativamente aos materiais é a inventariação de todo o material a levantar, sendo elaboradas listagens exaustivas, o levantamento e desmontagem do material e o transporte para as instalações da REFER, sendo todas as cargas devidamente registadas com guias de transporte. Sublinha também que em causa na linha da Lousã esteve uma situação que não provocou alterações à normal circulação ferroviária, uma vez que ocorreu numa linha que está em fase de desmantelamento para a posterior instalação do metro ligeiro de superfície.


Paulo Almeida



Sem comentários:

Enviar um comentário

Edite a sua mensagem, de forma moderada e não utilize linguagem imprópria ou ofensiva, porque se utilizada e dirigida a pessoas ou instituições, será logo que detectada, imediatamente apagada e não são aceites comentários de pessoas anónimas. Não forneça os seus dados pessoais como telefone ou morada.