12 abril 2010

News Release 1854 : Autarquia quer ‘preservar e dar vida’ a antiga estação de ferro fluvial desactivada


Faro [Portugal], 12.04.2010, Semana 16, segunda-feira, 13:25

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Sol, publicada anteontem na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

A câmara do Barreiro quer preservar a antiga estação ferro fluvial do Barreiro por considerar que é um património importante, apesar de ter sido desactivada quando foi construída outra a poucos metros de distância, mas electrificada.
Os carris foram retirados e os espaços, onde durante muitos anos funcionaram alguns cafés e outros estabelecimentos comerciais, estão agora encerrados.

Este espaço começou por ser afectado com a construção da nova estação fluvial do Barreiro, mas o fim dos comboios retirou toda a utilização ao local, que durante muitos anos era passagem obrigatória para quem se deslocava de vários pontos do país para o Sul, utilizando o comboio.

Além dos comboios, a estação serviu também os barcos que faziam a ligação entre o Barreiro e Lisboa.

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, explicou que a estação é «um elemento arquitectónico ligado a toda a história ferroviária do Barreiro», garantindo que a autarquia quer preservar o espaço.

«É um elemento central e tem que se lhe dar vida. Devia-se encontrar uma solução de utilização para o espaço, que o permitisse aproveitar do ponto de vista lúdico, cultural e económico», disse.

O autarca anunciou que está a ser elaborado um documento sobre o património do concelho, onde consta o património ferroviário, e salienta que a autarquia não vai desistir de procurar uma solução.

«A REFER - Rede Ferroviária Nacional - e a CP não nos contactaram antes de retirarem as linhas, tive conhecimento no momento da efectivação. O que me aflige não é serem retiradas, pois algumas delas podem ser repostas, o problema é encontrar soluções futuras», afirmou.

«São elementos muito marcantes que têm que ser mantidos e reutilizados. Isto para nós é indiscutível e não vamos aceitar uma decisão contrária», acrescentou, lembrando também as actuais oficinas da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário - e a Rotunda das Maquinas.

A REFER, contactada pela Lusa, explicou que a antiga estação fluvial foi desactivada com a entrada em funcionamento do novo terminal ferroviário, a nascente daquela e mais próximo do Terminal Fluvial.

«A REFER, em tempo oportuno, equacionará em conjunto com as entidades competentes e de forma global a função dos diversos espaços libertos da exploração ferroviária na cidade do Barreiro. Acresce que, tal como já indicado pela Câmara Municipal do Barreiro, está em curso o desenvolvimento do Plano de Urbanização com eventuais consequências sobre esta zona», refere o comunicado.



Paulo Almeida



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