12 abril 2010

News Release 1863 : Espanha chama empresas portuguesas para TGV


Faro [Portugal], 12.04.2010, Semana 16, segunda-feira, 18:33

Com cortesia, editamos na íntegra, notícia do jornal Diário Económico, publicada no passado dia 7 na sua página electrónica na internet, com informação ferroviária relevante.

Mota-Engil, Soares da Costa ou Edifer podem entrar na corrida a um ‘bolo’ de 16 mil milhões.

As empresas portuguesas de construção vão ser convidadas pelos gigantes espanhóis do sector e da área das concessões para integrar os futuros consórcios que entrarão na corrida aos concursos para construção e exploração de linhas de alta velocidade ferroviária em Espanha, entre outros projectos.

O compromisso foi assumido ontem, por José Blanco López, ministro Espanhol do Fomento, após uma reunião ao início da tarde com o ministro português das Obras públicas, António Mendonça.

"Convidaremos as empresas espanholas para se associarem a empresas portuguesas para participarem em concursos públicos. É um compromisso assumido com o ministro português, um compromisso de cooperação que queremos ver reforçados", assegurou José López Blanco, na conferência de imprensa conjunta ontem realizada no Ministério do Fomento espanhol, em Madrid.

As empresas portuguesas de construção e obras públicas queixam-se há vários anos de que, ao contrário de Portugal, onde as empresas espanholas têm conseguido obter quotas de mercado significativas em anos consecutivos, Espanha é um mercado muito fechado, restringindo as oportunidades às empresas lusitanas.

José Blanco responde: "Em Espanha os concursos são concursos públicos, transparentes". No entanto, enquanto nos últimos anos as empresas espanholas conseguiram obras no valor de cerca de 3,3 mil milhões de euros em Portugal, a facturação das construtoras portuguesas em Espanha é meramente residual.

"Há uma vontade dos dois governos para que as empresas dos dois países cooperem e se associem, participando em conjunto nos concursos públicos de infra-estruturas em Espanha, precisamente para corrigir essa assimetria", sublinhou o ministro português das Obras Públicas. António Mendonça revelou que existem já diversas plataformas em estudo para concretizar essas associações de construtoras portuguesas e espanholas para entrar no mercado de obras públicas do país vizinho.

Hoje, na estação ferroviária de Chamartín, em Madrid, o Primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, vai apresentar oficialmente o plano extraordinário do seu governo para investimento em infra-estruturas, no valor de 16 mil milhões de euros.

O programa, designado PIITS - Programa de Investimento em Infra-Estruturas para o Transporte Sustentável - vai garantir cerca de 400 mil empregos. Do montante de investimento previsto, 50% será aplicado no sector ferroviário. O Banco Europeu de Investimento (BEI) financiará metade deste valor. É a este bolo que empresas como a Mota-Engil, Soares da Costa, Teixeira Duarte, Opway, MSF, Edifer, Lena e outras empresas de média dimensão pretendem aceder.



Paulo Almeida



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